Obras do trecho leste do Rodoanel são fiscalizadas por frente parlamentar

Assumindo a responsabilidade de presidente da Frente Parlamentar para Acompanhamento das Obras do Trecho Leste e Norte e Finalização do Trecho Sul do Rodoanel, a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) realizou uma visita técnica às obras do Túnel Santa Luzia, localizado na Pedreira Santa Clara em Ribeirão Pires. Durante a inspeção, a deputada questionou o diretor presidente da SPMar, Sergio Ray Santillán, e o diretor de engenharia da empresa, José Alberto O. Bethonico quanto a possíveis problemas que as obras poderiam causar para a população dos arredores.

Vanessa Damo questionou representantes da SPMar sobre possíveis irregularidades

Uma comitiva foi formada e acompanhou obras dos dois túneis que cortam a pedreira. No percurso, a deputada aproveitou para questionar aos representantes da SPMar sobre condições de trabalho dos funcionários, cronograma da obra, impacto ambiental, licenças ambientais e desapropriações.

Bethonico disse que até o momento as obras estão dentro do prazo. “E nós faremos todo o possível para cumprir o prazo para a finalização, que é março de 2014”, afirmou Santillán.

Pouco depois do início das obras, um jornal local informou que o vice-prefeito de Ribeirão Pires havia decretado o embargo das obras. Vanessa Damo questionou os dirigentes da SPMar sobre o assunto que negaram prontamente que a construção tivesse sofrido qualquer embargo. “A Prefeitura solicitou alguns documentos, e nós apresentamos todos. A obra não poderia dar início se não estivesse dentro da lei”, respondeu o diretor de engenharia da empresa. Desde fevereiro de 2012, a SPMar tem recebido diversas autuações da Prefeitura de Ribeirão Pires. A empresa tem sido acusada de irregularidades nas obras, como inexistência de licença ambiental municipal; detonação de explosivos empregados no arrebatamento de pedreiras, rochas e em demolições; e supressão ou dano, sem licenças, de espécies arbóreas, retiradas do sub-bosque ou vegetação. A SPMar contesta todas as acusações.

Os responsáveis também negaram que a obra pudesse causar qualquer impacto ao patrimônio histórico da cidade, no caso, a Igreja do Pilar, localizada a 800 metros do local.

“É preciso que os responsáveis pela obra abram um diálogo com os vereadores, que são representantes diretos da população, entidades sociais e as famílias que estão sendo desapropriadas, para que possa haver maior transparência e comunicação, evitando que alguns erros cometidos durante as obras do trecho sul ocorram novamente no trecho leste”, destacou Vanessa Damo. A deputada exigiu que todas as licenças da obra e também o relatório detalhado contendo o cronograma da obra fossem encaminhados a seu gabinete em um prazo de sete a dez dias.

Estiveram presentes durante a vistoria os vereadores de Ribeirão Pires, José Vicente de Abreu (PR), José Nelson (PSD) e Koiti Takaki (PSD). Representantes da Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo) foram convidados pela deputada, mas não compareceram.

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