Sob pena de ser execrado pelos petistas mais fanáticos e ridicularizado pelos moderados, atrevo-me a dizer, baseado em informações de altíssimo nível, que Dilma, se eleita, poderá ser o “Pitta de Lula”. A história do Maluf, que tal qual Lula fez com Dilma, tirou Pitta ‘da cartola’, elevou-o ao status de principal secretário, e lançou-o virgem ainda na política ao cargo de prefeito de uma das maiores cidades do mundo, elegendo-o de forma inquestionável. Tempos depois de sentar na cadeira como prefeito de São Paulo, a criatura voltou-se contra o criador, o qual havia hipotecado tal apoio e confiança que chegou a afirmar: “Se o Pitta não for um bom prefeito, nunca mais votem em mim”. O Lula, “macaco velho”, não chegou a tal ponto, talvez porque não precisou, mas tem jogado toda a força do seu imenso prestígio na campanha da virgem política, misteriosa e desconhecida Dilma Rousseff. Um dos fatores que geraram as desavenças e a posterior queda de Pitta que carregou junto o famoso padrinho, foi uma tal Niceia, ainda mais desconhecida que o marido prefeito no meio político, mas que dormia com ele e, portanto, tinha conhecimento de muita coisa que nem a secretária ou o assessor mais próximo sabiam. É sabido que a história se repete e a ganância pelo poder faz com que o homem pactue com o diabo, e mesmo tendo o paraíso à vista, volte a jogar com o demo o perigoso jogo da continuidade, visando garantir a volta ao poder sem avaliar os incomensuráveis riscos de um possível “Niceia de calças”, que leve de roldão Dilma e Lula e os sonhos de 20 anos de continuidade petista.
Antonio Carlos Carvalho – Gazeta