Um importante item foi acrescentado na pauta de votação da sessão extraordinária da Câmara dos Vereadores da última sexta-feira. O projeto, que prevê a concessão de abono salarial a professores da rede municipal de ensino, embora beneficie a categoria gerou dúvidas nos vereadores.
O presidente da Casa de Leis, vereador Gerson Constantino (PSD) ressaltou que vota favorável mesmo não concordando com o valor do benefício. “Eu voto favorável por entender que é melhor pingar do que faltar. Se não votássemos esse projeto agora a dificuldade seria pior para essa categoria, mas manifesto meu descontentamento sobre como foi feito”, apontou o vereador. Constantino explicou que no ano passado foram destinados a Ribeirão Pires R$ 15 milhões do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), o que resultou em um pagamento de R$ 1600 para cada professor. Já o atual projeto recebe R$ 19 milhões e curiosamente repassa apenas metade do que a categoria recebeu no ano anterior. “Por que nesse ano, com a verba maior, o repasse é menor?”, questionou o peessedebista.
Gerson apontou outras falhas no projeto. O vereador questionou a falta de abrangência do benefício para outros funcionários ligados à Educação como os motoristas e os agentes administrativos. “Espero que isso seja encaminhado ao nosso prefeito e que a próxima votação seja feita corretamente”, concluiu sendo aplaudido pelo pessoal do SINEDUC (Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Município de Ribeirão Pires), que acompanhou a aprovação do projeto.
Em seguida, outro projeto foi aprovado (093/2011), autorizando Prefeitura a pagar diferença de vencimentos dos professores do nível infantil. Nesse quesito, o vereador Saulo Benevides (PMDB) explicou que “esse projeto vem fazer justiça e corrigir o desvio de função para que seja igualado o salário do educador e do professor. Essa lei só vem a beneficiar a classe dos trabalhadores e todos estão de parabéns”.