O país já se prepara para o verão. O calor intenso provoca as temíveis tempestades, que além de transtornos como congestionamentos no trânsito e deslizamentos, atrai um mosquito,pequeno no tamanho, mas que causa grandes estragos: o Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Mas não é porque o verão proporciona as condições ideais para a reprodução do Aedes aegypti que os cuidados devem ser tomados apenas no início da estação. Em Ribeirão Pires, por exemplo, os baixos índices da doença não implicam em comodismo, e ações de combate ao mosquito são feitas durante todo o ano. Agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) montam e fiscalizam armadilhas espalhadas pelo município para verificar se há a presença de larvas do mosquito em alguma região da cidade. Este tipo de fiscalização também é feita nos chamados Pontos Estratégicos, que são ferros-velhos e cemitério, entre outros, onde há acúmulo de água em recipientes como pneus e vasos, condição e locais com grande potencial para a proliferação do mosquito transmissor da doença.
No ano passado, a cidade registrou 37 casos de suspeita de dengue, sendo 7 positivos. De janeiro de 2011 até a primeira quinzena de novembro, foram 31 suspeitas – desses 3 positivos (dois moradores de Ribeirão Pires e um morador de Mauá atendido na cidade). Em todos os casos, a doença foi importada, ou seja, não foi contraída no município.
O secretário municipal de Saúde, Jorge Mitidiero, pede que os munícipes colaborem para que a cidade se mantenha livre do temível Aedes aegypti. “Os cuidados para prevenir a proliferação do mosquito transmissor da dengue devem ser adotados por todos os moradores, para que nossa cidade continue com os baixos índices da doença”.
O primeiro caso da doença foi registrado em 1845 e o Brasil já passou por seis grandes epidemias (1982, 1986, 1998, 2002, 2008, 2010). Só no ano passado, o Ministério da Saúde contabilizou um milhão de casos.
Os sintomas da dengue – Após a picada do mosquito, os sintomas se manifestam a partir do terceiro dia. O intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É depois desse período que os sintomas aparecem.
No caso da Dengue Clássica, a pessoa apresenta, entre outros, febre alta, forte dor de cabeça, perda do paladar e de apetite e manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores.
A Dengue Hemorrágica é mais grave: pode levar a pessoa à morte em até 24 horas.
No entanto, os sintomas são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre acaba e começam a surgir algumas outras manifestações, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes e sangramento pelo nariz, boca e gengivas.
Não dando chance ao mosquito da dengue
Todos sabem como evitar criadouros do mosquito transmissor da dengue, mas sempre vale a pena lembrar:
– Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso. Se forem destinados à reciclagem, guarde-os sempre em local coberto e abrigados da chuva.
– Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente, não deixando poças d’água. Se tiver lagos, cascatas ou espelhos d’água, mantenha-os limpos ou crie peixes que se alimentem de larvas.
– Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana. Caso precise deles, guarde-os, sem água, em locais cobertos.
– Verifique se todos os ralos da casa não estão entupidos. Limpe-os pelo menos uma vez por semana e, se não os estiver usando, deixe-os fechados.
– Guarde as garrafas, baldes ou latas vazias de cabeça para baixo.
– Lave com escova e sabão as vasilhas de água e de comida de seus animais pelo menos uma vez por semana.
– Retire a água da bandeja externa da geladeira pelo menos uma vez por semana. Lave a bandeja com sabão.
– Não deixe acumular água na parte debaixo das torneiras de bebedouros e filtros de água.
Serviço – Os agentes do Centro de Controle de Zoonoses de Ribeirão Pires atendem a demandas onde há suspeita de focos do mosquito. Através do telefone 4824-3748, os moradores podem solicitar que agentes verifiquem residências e áreas onde possa haver criadouros do Aedes aegypti. Se constatado algum foco do mosquito, será feito trabalho de orientação aos moradores da região onde foram encontradas larvas.