Volpi afirma estar surpreso com bloqueio de bens

Na última terça-feira, uma notícia publicada pelo Diário do Grande ABC tornou público o fato de que o Ministério Público de Ribeirão Pires conseguiu uma liminar na Justiça que causou o bloqueio dos bens do prefeito Clóvis Volpi (PV) por conta da Ação Civil Pública que questionava o convênio entre o Executivo e o Instituto Acqua para gerenciar serviços de saúde da cidade.

Prefeito quebra o silêncio e fala pela primeira vez após polêmico caso vir a tona

A sentença proferida pela juíza Isabel Cardoso Lopes Enei, da 3ª Vara Cível da cidade, na última sexta-feira, solicitou que tanto ele quanto o secretário de Saúde, Dr. Jorge Mitidiero, e a então presidente do instituto, Ana Maria de Oliveira Capellini, tivessem seus bens e 50% do saldo de suas contas-correntes congelados a fim de assegurar a devolução de R$ 18,2 milhões aos cofres públicos.

Para dirimir dúvidas e comentários a respeito da ação, o prefeito Clóvis Volpi recebeu, em seu gabinete, o editor do jornal Mais Notícias, Antônio Carlos Carvalho, o Gazeta, e, antes mesmo de prestar esclarecimentos, se declarou “surpreso com a ação da promotora” Maria Cláudia Andreatta Hirt, autora da denúncia.

Ele explicou que o convênio com o Instituto Acqua data de 2001, ainda na gestão Maria Inês, quando a ONG administrou as então recém-criadas Residências Terapêuticas que abrigaram cerca de 60 pacientes não reclamados pelas famílias e que estavam em tratamento no antigo manicômio da cidade que fora desativado por força de lei.

Quando Volpi assumiu, em 2005, a Administração manteve o projeto e, em alguns casos, até mesmo o ampliou, sempre contando com repasses federais que foram mantidos por conta da aprovação das contas apresentadas pela ONG. “Ao instituto cabia contratar e gerenciar pessoal e, para isso, recebe uma porcentagem de 3% sobre o montante a ele destinado”, explicou.

É justamente aí que mora a estranheza do prefeito em relação à decisão judicial já que, caso as contas não fossem aprovadas, os repasses seriam automaticamente suspensos ou seja, segundo o prefeito tudo esteve de acordo até o momento.

O prefeito e as outras partes aguardam a notificação oficial para tomar as medidas cabíveis, o que deve acontecer nas próximas horas.

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