Não foi desta vez. A pedido do prefeito Clóvis Volpi (PV), o vereador e líder de governo na Câmara, Antônio Muraki (PDT), solicitou que o projeto do Executivo, listado na Ordem do Dia, fosse adiado por mais cinco sessões. O PL 068/11 diz respeito a revogação do uso do espaço da “Antiga Rodoviária”, tal solicitação visa tirar de cena a briga judicial entre as empresas concorrentes da licitação que construiria um shopping no local. Com o projeto adiado, os vereadores ganham tempo para discutirem sobre a possível instalação de um mercado municipal na área.
Segundo Muraki, o adiamento permitirá um melhor prazo para avaliação da proposta. Para Saulo Benevides (PMDB), oposicionista ao governo Volpi, o prefeito deveria repensar alguns detalhes. “Sugiro que ele (Volpi) repense e retome a ideia de construir um shopping. Estamos falando de uma área nobre. A população tem expectativa pelo empreendimento que faria a cidade crescer e colaboraria com o comércio local”, defendeu Saulo.
Todos os vereadores receberam uma correspondência do departamento jurídico da empresa Soto Empreendimentos (ganhadora da licitação, mas que, por um detalhe na documentação, foi barrada judicialmente por outra interessada no certame), contendo explicações sobre o processo licitatório e detalhes de como será o shopping por ela construído (153 lojas sendo 08 de grandes redes, 03 salas de cinema e praça de alimentação). A empresa então solicita que os vereadores não aprovem a revogação do uso do espaço.
Tanto o líder de governo quanto a bancada de oposição concordaram que a construção do shopping represente a vontade da maioria dos munícipes. “A população quer um shopping”, disse Muraki. Saulo, por sua vez concluiu seu discurso com as seguintes palavras: “Acredito que se houver uma consulta popular o shopping será o favorito”.
A proposta voltará à pauta de votação apenas no início de novembro. Até lá, os vereadores devem discutir a necessidade da revogação. O processo licitatório já foi cancelado pelo prefeito por meio de decreto publicado no Diário Oficial no dia 10 de setembro. A revogação garantiria o uso do espaço para outra finalidade.