Estudante de Ribeirão Pires se forma em engenharia aeroespacial na Rússia

A estudante Nadia Baradel, de 25 anos, embarcou para a Rússia em 2006 com o sonho de se formar em engenharia aeroespacial, que agora é realidade. Ela acaba de concluir o curso e pretende voltar ao Brasil. “Como plano profissional eu gostaria de fazer parte do programa aeroespacial brasileiro”, revela a jovem.

Aluna de 25 anos conclui os estudos no país europeu depois de voltar apenas uma vez ao Brasil

Nadia viajou para a Rússia após ser aprovada em um processo de seleção da Aliança Russa de Ensino Superior, entidade que representa as universidades estatais russas no país e cuida de todos os trâmites legais da permanência do estudante na Europa. A formanda conta que sempre teve um encantamento pela cultura local. “Sempre gostei da Rússia e vir morar aqui é um sonho que eu tinha desde criança. Assim, quando vim para cá realizei dois grandes sonhos: morar aqui e estudar engenharia aeroespacial”, diz.

Durante todo o período que passou na Rússia, a jovem afirma ter estudado muito e, mesmo assim, teve um bom estímulo para se dedicar: o namorado que encontrou por lá. “A maior parte do tempo temos que nos dedicar aos estudos, inclusive nos fins de semana. Mas nas férias, eu e meu namorado aproveitamos para ir a museus, shows e parques”, e comenta sobre seu namoro, “Meu namorado se chama Denis. Ele é russo e nos conhecemos na própria universidade. Ele adora conhecer novas pessoas, principalmente estrangeiros e foi justamente esse o primeiro passo para nosso relacionamento”, revela.

Estudo reconhecido

A Aliança Russa é representante oficial das principais universidades russas no Brasil desde 2005. Seu trabalho consiste na seleção dos candidatos, no processo de orientação da faculdade, na obtenção da documentação necessária para permanência legal do estudante na Rússia, na obtenção da vaga e inscrição na universidade e na assessoria durante a viagem até a chegada do estudante ao seu local de destino.

O candidato interessado em estudar na Rússia passa por um processo seletivo avaliado pela universidade de sua escolha e administrado pela Aliança Russa que inclui reunião com os pais, análise de histórico escolar e currículo, tudo para garantir que o aluno se encaixe no perfil da faculdade.

Ao voltar para o Brasil, o estudante submete o diploma adquirido ao processo de reconhecimento em uma universidade brasileira, um procedimento padrão para qualquer brasileiro que faça graduação em centros de ensino estrangeiros. A boa novidade é que desde 2010, o chamado Diploma Único de Estudos Superiores da Europa, do qual a Rússia faz parte, passou a valer conforme o Tratado de Bolonha. Seu objetivo é facilitar a mobilidade dos estudantes e profissionais do ensino superior da Europa.

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