Moradores reclamam de Centro de Atendimento em Rio Grande da Serra; secretário esclarece situação

Moradores da Vila São João, em Rio Grande da Serra, enviaram carta ao Mais Notícias para contar sobre a situação em que se encontra o Centro de Atendimento, Prevenção e Ações de Saúde, localizado no bairro. Eles relataram que as paredes do local estão completamente emboloradas, inclusive a sala de medicações. “Até o banner de identificação da UBS está sujo e caindo”, relatam.

Infiltração atinge o imóvel

Eles contam ainda que as mulheres residentes no bairro precisam ir à Vila Lopes, às 4h30 da manhã, para tentar marcar uma consulta com o ginecologista, “sendo que só são abertas o número de 20 consultas por semana, para os bairros de Vila São João e Vila Lopes”, completam.

Os munícipes apontam também um problema envolvendo o clínico-geral da unidade. “Nosso clínico geral, que deveria trabalhar 40 horas semanais, só trabalha 8 horas, nos dois bairros, e mesmo assim, o descaso é tanto que as consultas que são marcadas para começarem o atendimento às 13h00, o mínimo de atraso do doutor é de 2 horas todos os dias de consultas, quando não são canceladas as consultas com os pacientes esperando atendimento há algumas horas. E quando conseguem passar pelo médico, nem sempre todas as medicações dadas pelas UBS’s estão disponíveis, no momento faltam até polivitamínicos para as crianças”.

O outro lado – O secretário de Saúde de Rio Grande da Serra, Carlos Eduardo Silva, conta que o Centro de Atendimento foi criado para melhor atender os moradores da Vila São João que, por não contarem com uma Unidade Básica de Saúde, precisam recorrer à UBS da Vila Lopes, que trabalha com o Programa Saúde da Família (PSF). “Há cinco anos, tinha uma reivindicação dos moradores que precisam descer à Vila Lopes só para pegar um medicamento, ou para medir pressão. Então, naquele momento, o prefeito deu um espaço de atendimento para que as pessoas pudessem pegar um remédio mais rápido, medir a diabetes, entre outros atendimentos rápidos”

O titular da Pasta disse que, como o imóvel onde está sediado o Centro de Atendimento é alugado, precisa de autorização para fazer reformas. Para amenizar o estado das paredes, Carlos disse que o espaço já foi pintado e que, com a renovação do contrato de locação, buscará sanar o problema da infiltração.

Sobre o clínico-geral, ele falou que o profissional presta atendimento no bairro uma vez por semana. No restante dos dias, ele atua na Vila Lopes. Como o médico faz parte do PSF, ele faz tanto atendimento ambulatorial, como domiciliar, o que, às vezes, faz com que ele não consiga chegar à tempo no Centro de Atendimento. “Às vezes, ele marca para atender às 16 horas na Vila São João, mas fez alguma visita domiciliar à tarde, teve alguma intercorrência no paciente e, como a Vila Lopes é muito grande, para ele chegar depois das 17h, ele prefere remarcar o horário para o outro dia, mas é em função de intercorrência médica. Isso que ele atende oito horas por semana não é essa a realidade. Ele atende mais, só que atende fora do Centro”.

Para amenizar o problema, as paredes foram pintadas

Com relação à busca das mulheres por um ginecologista, ele explicou que o PSF dispõe de um clínico-geral, entretanto, o prefeito Adler Alfredo Jardim Teixeira, o Kiko, (PSDB) achou necessário colocar um ginecologista, que prioriza o atendimento às mulheres grávidas, mas, além delas, também são atendidas mais vinte mulheres e consultas emergenciais. “Ela atende 20 mulheres, fora as grávidas, que tem prioridade, e os encaixes, que são problemas emergenciais. Fora lá, ela atende ainda na Vila Niwa e no Santa Tereza”.

No que diz respeito à falta de polivitamínicos, o que ocorreu foi um atraso na entrega pela distribuidora. “A gente pediu antes de acabar, mas atrasou a entrega, porém, já chegou e está solucionado o problema também”, disse o secretário que completou: “Nesses sete anos de Administração, nunca faltou um medicamento na rede”.

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