Um clima constrangedor pairou sobre a Câmara Municipal de Ribeirão Pires durante a última sessão ordinária, realizada na terça-feira, dia 3. Como a Ordem do Dia constavam apenas dois itens, dos quais um foi aprovado (alteração da carga horária de funcionários da Assistência Social) e outro adiado (nomeação de uma quadra de esportes), a Prefeitura solicitou que se acrescentasse um projeto de lei em caráter de urgência. O vereador José Vicente de Abreu, o Vicentinho (PR), se manifestou contrário a imposição do Executivo em exigir aprovações de emergência quando os requerimentos por parte dos vereadores não são atendidos da mesma forma.
Vicentinho foi o único a votar contra a inclusão do projeto; nem mesmo a oposição deu apoio ao vereador
“Não voto a favor dessa inclusão. A Prefeitura não responde nossas solicitações em dia, isso é motivo para denunciar no Ministério Público”, argumentou o republicano. Vicentinho afirmou que a lentidão em se receber as respostas dos requerimentos não passa de uma falta de respeito.
Cumprindo seu papel de líder de governo, o vereador Antônio Muraki (PTB) defendeu a Prefeitura, informando que Vicentinho terá a resposta de seus requerimentos até a próxima semana.
Ao votarem a inclusão do projeto na pauta, Vicentinho não obteve apoio de nenhum outro vereador, nem mesmo da oposição, o que deixou o parlamentar frustrado. “Existem falhas que precisam ser corrigidas”, finalizou.
O projeto de lei que gerou todo o desconforto diz respeito à criação de 143 novos postos de trabalho na Prefeitura, que deverão ser preenchidos através de um novo concurso público. São eles: 95 professores de Desenvolvimento Infantil, 30 agentes fiscais, 15 orientadores de arte, 2 jornalistas e 1 fotógrafo.
