Artigo: Restruturação do sistema predatório na economia financeira mundial

Há 42 anos escrevendo e estudando a política

TAXAÇÃO NORTE AMERICANA COMO CARRO-CHEFE

Estamos vivendo sob as ameaças de objetivos estruturais do imperialismo contemporâneo no sistema de produção capitalista. Tais objetivos, têm como prioridade medidas econômicas e financeiras duras e que visam desestruturar indústria e comércio, principalmente nas nações emergentes. Dessa forma, vão provocando a submissão desses países, além de protagonizar a indústria armamentista bélica, nuclear e biológica. Isso já deixou de ser uma tendência, tornou-se patente realidade no cenário mundial, onde será feito o que preciso for, como as taxações, até se atingir o alvo principal: o aumento das dívidas públicas.

O capitalismo financeiro mundial não quer países emergentes emancipados e esse é o jogo. Com isso, constrói-se a submissão através do endividamento, dos baixos salários e do desemprego; é notório que pessoas estão se endividando cada vez mais e consoante a isso, a dívida pública bate recordes bem superiores aos orçamentos de alguns países da América do Sul. Nosso Brasil é um ótimo exemplo disso, com uma dívida pública de 7.500 trilhões de reais, cifras que irão emparedar o orçamento 2025, no valor de 5,9 trilhões, adicionando-se inclusive, 1 trilhão das despesas com a dívida.

Em paralelo, o cerco vem se fechando cada vez mais em relação ao comércio e a indústria, para garantir de imediato, a submissa dependência de países que encontrarem dificuldades em sair dessa situação crítica. Assim, percebemos o resultado moral, econômico e financeiro que todo esse endividamento causa a um número de nações que simplesmente sonham com emancipação, dignidade e autonomia, diante da falta de alternativas, já que as regras e a lógica capitalistas são muito desiguais com relação aos recursos de sobrevivência de grande parte da sociedade.

Entendo que tanto o Estado quanto a sociedade, de modo geral, são reféns desse jogo onde só existe um ganhador: o sistema predatório econômico e financeiro mundial. A América Latina vem se afunilando devido a PERDA DO PODER AQUISITIVO. Cerca de 80% das sociedades suprimidas já perderam seu poder de compra. A comunidade política tem um grande desafio pela frente, através das reformas, o de equilibrar o teto de gastos e a inflação, cujos números são fictícios e precisam ser verdadeiros, de outra forma, não teremos dados positivos quanto a DESIGUALDADE SOCIAL, ponto fundamental da agenda 2030.

Essa nova estratégia consolidada de alienação coletiva do sistema especulativo no mundo, gera uma condição opressora sobre a vida das pessoas porque aniquila o capital produtivo das nações que, ao se transformar em especulativo, traz grandes impactos negativos aos setores institucionais e aos segmentos sociais. Destes últimos, citamos como exemplos os benefícios do INSS, salários, empregos, saúde pública, educação e segurança dos cidadãos. Nessa sequência, permanecemos numa trajetória sem planejamento de futuro sustentável, ou seja, tudo ficando sob a tutela irresponsável e superficial do poder que investe somente no paliativo e não nas efetivas soluções das necessidades do ser humano.

Diante desse quadro, como responder qual será o destino do “CRESCIMENTO ECONÔMICO” desses governos mais vulneráveis, que não conseguem tomar a dianteira, mas que compõe cerca de 87% da sociedade? Qual o futuro de nações que não conhecem alternativas para lidar com os cuidados sociais? O que deve esperar a população que continua produzindo, sequer tendo direitos justos sobre aquilo que produz?

Pois é… fica fácil perceber que o sistema econômico-financeiro, nessa guerra permanente e cada vez mais abrangente de concentração de lucro comercial, sempre girou em torno de si mesmo e de seus próprios interesses. Que se cuidem governos, estados e mesmo a globalização da economia, que já se encontra fragilizada.

Caberá aos governantes preparar e planejar suas AUTONOMIAS (capacidade de tomar decisões e agir de forma independente, com autodeterminação e responsabilidade), certos de que suas ECONOMIAS nacionais já estarão empenhadas.

Aí está o grande nó, difícil de desatar!

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