Guto Volpi e CBC devem buscar diálogo nos governos Estadual e Federal para amenizar impactos do “tarifaço”

Empresa tinha previsão de dobrar a produção na fábrica localizada em Ribeirão Pires; Medida que foi congelada devido a sobretaxa imposta pelo governo norte-americano

O prefeito de Ribeirão Pires Guto Volpi e a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) articulam diálogo junto aos governos do Estado de São Paulo e da União para reduzir os impactos da sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. A empresa representa cerca de 80% das exportações realizadas na cidade.

A medida norte-americana ameaça investimentos de R$ 300 milhões na unidade da CBC em Ribeirão Pires, que previa dobrar a capacidade de produção de munições e pólvora química, além de gerar novos empregos na região. Com a sobretaxa, a empresa segurou os investimentos que iriam gerar empregos principalmente para os moradores de Ribeirão Pires.

“Estamos levantando todas as possibilidades para que esse importante investimento não seja perdido e que a CBC continue ampliando sua atuação em Ribeirão Pires. Nosso papel é buscar apoio nas instâncias estadual e federal, garantindo que nossa cidade e o Grande ABC não sejam prejudicados”, destacou o prefeito Guto Volpi.

A CBC é referência mundial na produção de munições e já vinha planejando dobrar a capacidade de sua unidade local. Entretanto, a sobretaxa pode inviabilizar parte desse projeto e comprometer a geração de empregos. Para amenizar o impacto de imediato, a empresa colocou 250 funcionários em férias coletivas e avalia alternativas para manter a competitividade.

Com grande contribuição da CBC, Ribeirão Pires fechou em 2024 como a segunda cidade da região que mais vendeu produtos para o exterior com US$ 160 milhões, atrás apenas de São Bernardo do Campo.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Empreendedorismo, César Ferreira, alerta que o tarifaço pode trazer um efeito cascata para o município.

“O impacto tarifário traz uma situação sem saída. Quando a empresa começa a otimizar sua estrutura, inclusive com cortes de funcionários, isso gera desemprego e reduz o consumo. Um trabalhador que perde o emprego corta gastos em lazer, alimentação fora de casa e outros itens, o que afeta o comércio local. Esse efeito cascata pode se expandir e, em médio prazo, atingir toda a economia do município”, destacou

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