Entre os Muros da Escola, professores e educadores

Por: Carolina Urbani, geógrafa e professora

O filme (Entre os Muros da Escola – 2008) retrata diversas questões consistentes com a realidade do ambiente escolar de muitas escolas públicas e privadas existentes do Brasil: indisciplina, precarização, desmotivação do aluno e dos profissionais da educação, entre outros. Associaremos às impressões do longa alguns aspectos do texto “Sobre Jequitibás e Eucaliptos – Amar”, de Ruben Alves (1995).

Lauda Nuria

Lauda Nuria

A visível a desmotivação, o estresse e a agressividade proveniente de alguns professores atuantes nas escolas é observada há bastante tempo. Por vezes, prezamos por um ensino rígido e formal, e não hesitamos em “partir” para ameaças, constrangimentos ou mesmo direcioná-los para um conselho disciplinar ou expulsão da escola. Precisamos ter a dignidade de admitir que enquanto professores, por vezes não estamos preparados para cuidar das questões afetivas, psicológicas e cognitivas de nossos alunos ou de seu contexto familiar. Alves (1995) indica que os educadores sim, estes estão dispostos a “sofrer” a tristeza e alimentarem-se de esperança”.

Como um educador agiria diante dos desafios enfrentados pelo professor François? Possivelmente, ele busca aproximar os conteúdos à realidade e interesse dos alunos, avaliamos a necessidade de paciência: é um processo de dias ou meses, em que observamos o estilo de vida, o comportamento de cada aluno com demonstrações de respeito e valorização de suas potencialidades, e ainda, ajudá-lo a rever e melhorar suas dificuldades.

Convidamos professores a refletir e realizar a autocrítica sobre qual objetivo quer alcançar, se permaneceremos professores ou buscaremos a transformação em educadores. Assim, esperamos que a tarefa de ensinar torne-se mais, leve, prazerosa e transformadora para todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

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