Sorte e azar são antônimos que se aproximam todos os dias nas mãos de quem faz sua “fezinha” nas loterias. E, os apostadores de Ribeirão Pires tinham uma figura conhecida e carismática, um amigo, que ajudava nestas horas: Manoel Rufino da Silva, mais conhecido como Manezinho do Bilhete.
Ele, que desde 1999 vendia bilhetes na cidade, começou na Padaria Central, onde ficou até 2014, quando começou a ter alguns problemas de saúde. Recuperado, migrou para o Mercado Polegar, na Vila Sueli.
Mineiro forte, natural em Rio Casca (MG), estava na cidade desde seus 22 anos de idade, quando trabalhou com limpeza de quintal, office boy e entregador de marmitas para funcionários da antiga Constanta. As muitas caminhadas lhe fizeram conhecido e querido. Nunca abriu mão de seus amigos.
Entretanto, o jogo da vida tem seu fim. E Manezinho sucumbiu a uma infecção generalizada que o levou no último dia 26. Ficaram os bons amigos, a saudade e o vazio naquele banquinho que abrigava o bom e velho vendedor de bilhetes.
