Volpi reúne imprensa para balanço 2010 e expectativas 2011

O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), reuniu a imprensa na manhã de ontem, para apresentar um balanço do trabalho realizado durante este ano e uma perspectiva do que será feito no restante do mandato. Entre os pontos principais, o prefeito citou obras a inaugurar, assuntos políticos a resolver e sua possível candidatura ao Paço mauaense.

O prefeito não se esquivou de perguntas delicadas, como a oposição de partidários na Câmara, eleição em Mauá e aumento de imposto

Volpi reconheceu que o inicio de 2010 foi complicado devido às catástrofes que atingiram o município. Um remanejamento do orçamento e o apoio de verbas vindas de ações parlamentares possibilitaram um investimento positivo para a cidade. “Achávamos que seria um ano ruim porque tínhamos que canalizar as verbas para conter os desastres. Tivemos a sorte de sermos atendidos pelos governos Federal e Estadual e a amizade dos deputados que descarregaram suas emendas na cidade”, disse o prefeito. Ele apontou Donizete Braga (PT) como o deputado que mais colaborou.

Segundo Volpi, a maior obra realizada neste ano é o novo hospital, mas outras obras, como asfaltamento da Avenida Francisco Tometich e a construção de muros de arrimo, ocuparam a administração devido a uma série de problemas com a empresa contratada para fazer o serviço, o que resultou no retardamento da empreitada.

Na questão política, o prefeito apontou que o projeto de aumento do IPTU reprovado na Câmara na semana passada, foi enviado em um momento errado. O projeto será reenviado aos vereadores ainda este ano. Ele explica que o aumento do imposto é uma forma de aumentar a economia da cidade, necessária para investimentos futuros a médio e longo prazo. “Estamos só recuperando o valor venal dos imóveis. Se cada prefeito fizer isso, aos poucos, vamos retomar a economia interna da cidade e teremos como investir, evitando o quadro que já aconteceu na cidade quando a prefeita não tinha capital para investir e as empresas foram embora”, disse e acrescentou que alguns vereadores não têm olhado esse lado.

“Os que estão se colocando como opositores evidentemente fazem a oposição com irresponsabilidade; tenho dois de meu partido que acham que ao fazerem isso terão mais chances de serem levados à Prefeitura, mas eu acho isso bobagem. Quem vai elegê-los será os pais dos 10 mil alunos que hoje têm escola, uniforme, material e merenda de qualidade”, argumenta.

Outro projeto a ser enviado à apreciação do Legislativo é o que define o concurso público para eliminação dos cargos comissionados. Segunda a expectativa, até março do ano que vem o problema deve estar resolvido.

Pela primeira vez, o prefeito confirma as especulações sobre a corrida ao Paço de Mauá. “Na realidade, não sou eu que quero isso, existe um movimento em Mauá, da sociedade que me consulta diariamente para eu que saia como candidato lá”. Volpi aponta outras prioridades como a eleição do presidente da Câmara e a definição de critérios para manter um grupo de apoio unido para indicar como candidato na próxima eleição “Eu quero manter o grupo unido para aumentar a possibilidade de elegermos nosso candidato, isso é prioridade para mim”. Segundo Volpi, dois nomes do PV são os possíveis apoios na próxima eleição municipal: O presidente municipal do partido, José Valentim Seraphim, o secretário de Promoção Social, Eduardo Nogueira, que tem estado na pauta do PV. Outros nomes sugeridos são o de Gerson Constantino (PV), Edson Savietto (PDT), os secretários de Governo e de Educação, Nono Nardelli e Rosi Ribeiro de Marco. “Esses nomes são bons candidatos para assumir o cargo ou para vice”.

Volpi vê, no ano seguinte, uma oportunidade boa para o crescimento da cidade ao ponto de declarar: “Nós vamos fazer um governo maravilhoso”. Essa visão parte de que, em 2011, a Prefeitura contará com verbas superiores a R$ 30 milhões para investimentos diretos (R$ 8 mi do PAC, R$ 7 mi de investimento municipal, R$ 15 mi da Sabesp). Além disso, o prefeito promete escolas, posto de saúde no Centro Alto e no Jardim Valentina. “Vou entregar a cidade para o próximo prefeito muito melhor do que eu peguei”.

Volpi se mostra satisfeito com os investimentos realizados até aqui e declara que o novo hospital é a única obra de alto custeio, uma forma de prevenir maiores prejuízos em caso de desestabilidade financeira. Com a inauguração do complexo hospitalar prevista para o aniversário da cidade (apenas o pronto atendimento), o Hospital São Lucas poderá virar a Santa Casa de Ribeirão Pires. “A Santa Casa já está no papel e precisa funcionar. Quando inaugurarmos o novo hospital, o São Lucas pode virar a Santa Casa a não ser que uma empresa particular queira aproveitar o espaço”, comenta.

O prefeito espera que o munícipe veja a cidade como um município completo e não desejar o desenvolvimento industrial  que ocorre em outras urbes do ABC, uma vez que aqui se tem investido na qualidade de vida. “Mauá nunca vai ser uma Ribeirão”, finaliza o Chefe do Executivo.

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