Vereadores rejeitam projeto que facilitaria fiscalização ao Executivo

Os vereadores Archeson Teixeira (PTB), Arnaldo Sapateiro (PSB), Banha (PPS), Flávio Gomes (PPS), Gê do Aliança (PSC), João Lessa (PSDB), José Nelson (MDB), Paixão (PPS), Rogério Luiz (PSB) e Silvino de Castro (PRB) foram contrários ao Projeto de Lei complementar ao Artigo 48, que determinava o encaminhamento de processos licitatórios, contratos emergenciais, aditamentos e renovações contratuais para análise e aprovação da Câmara com 15 dias de antecedência antes de sua efetivação. A votação foi realizada na tarde desta quinta-feira (8) durante a Sessão Ordinária na Casa de Leis.

Rubão foi um dos mais indignados com a rejeição da proposta

Antes da votação do projeto, Anselmo Martins (PR) pontuou o objetivo da proposta. “Vai ser uma forma de ajuda ao Executivo. Estaremos ampliando nosso poder de fiscalização e foi para isso que fomos eleitos. Esse é o trabalho do vereador” comentou.

Mesmo sendo de autoria da Casa e com a assinatura da maioria dos vereadores (exceto Archeson Teixeira, Banha e Rogério Luiz), o projeto foi rejeitado. O que surpreendeu e não agradou Rubão Fernandes (PSD), presidente da Câmara. “Somos tremendos palhaços aqui na cidade de Ribeirão Pires. Por quê? Porque a obrigação do vereador é fiscalizar.  Temos que fiscalizar e ajudar o prefeito. Não somos contra o Executivo, queremos ajudá-lo” e completou: “Estou com vergonha por que, se o próprio vereador que é eleito para fiscalizar não quer fazer isso, o que estamos fazendo aqui?”. “O povo tem que dar a resposta e ir para a rua. Não adianta fazer nada nessa Casa porque não vai passar”, exaltou, visivelmente alterado, arrancando aplausos do público presente.

Edmar Oldani (PV) se somou à Rubão. “Precisamos realmente de mudança no município. Mas não sei o que faço aqui hoje pelo que presenciei”, disse. Já Anselmo Martins considerou como sendo golpe à população. “Os passos que seriam dados à frente voltaram de corrida para trás. Vejo isso como tapa na cara da população”. Amaury Dias, por sua vez, foi irônico. “Me iludi semana passada porque disse que a mudança havia começado. O mais estranho é que o projeto tinha a assinatura de vários vereadores”.

Danilo da Sopa (PSB) foi outro que não concordou com a decisão. “Fui retaliado pelo prefeito e temos aqui dez novos vereadores que foram eleitos para fazer a diferença, mas vamos chegar lá na frente e ser lembrados por ‘não fazer nada’. Queremos transparência com a cidade.” Já Paulo Cesar disse que “não há problema algum em termos sinergia com ao Prefeitura. Isso não é uma afronta ao Executivo”, salientou.

Silvino de Castro foi o único vereador contrário a se justificar. “Votei contrário porque vai burocratizar o setor público”, comentou. Como forma de protesto, Amaury, Anselmo, Rubão, Edmar e Danilo da Sopa se abstiveram de votar o projeto 08/2018 enviado pelo Executivo em caráter de urgência, que foi aprovado por 11 votos. Apenas Amigão D’orto (PTC) se ausentou da Sessão por compromissos parlamentares.

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