Transtorno do Pânico

Já é considerado um problema sério de saúde. Atualmente 2 a 4% da população mundial sofrem deste mal, que acomete mais mulheres do que homens em uma proporção de 3 para 1. Há muito que o Transtorno ou Síndrome do Pânico deixou de ser um diagnóstico de exclusão. Hoje, mais do que nunca, há necessidade de um diagnóstico de certeza para tal entidade clínica. As pessoas que sofrem deste mal costumam fazer uma verdadeira “via-crúcis” a diversos especialistas médicos e após uma quantidade exagerada de exames complementares recebem, muitas vezes, o patético diagnóstico do “nada”, o que aumenta sua insegurança e seu desespero. Por vezes esta situação dramática é reduzida a termos evasivos como: estafa, nervosismo, stress, fraqueza emocional ou problema de cabeça. Isto pode criar uma incorreta impressão de que não há um problema de fato e de que não existe tratamento para tal patologia.

O Transtorno do Pânico é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado com tratamentos específicos

O Transtorno do Pânico é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado com tratamentos específicos. Por causa dos seus sintomas desagradáveis, ele pode ser confundido com uma doença cardíaca ou outra doença grave. Frequentemente as pessoas procuram um pronto-socorro quando têm a crise de pânico e podem passar desnecessariamente por extensos exames médicos para excluir outras doenças.

Os médicos em geral tentam confortar o paciente em crise de pânico, fazendo-o entender que não está em perigo, mas estas tentativas podem às vezes piorar as dificuldades do paciente se o médico usar expressões como “não é nada grave”, “é um problema de cabeça” ou “não há nada para se preocupar”. Isto pode produzir uma impressão incorreta de que não há problema real e de que não existe tratamento ou de que este não é necessário, conforme já comentado.

Existe uma variedade de tratamentos para o T.P. Mais importante neste aspecto é que se introduza um tratamento que vise restabelecer o equilíbrio bioquímico cerebral numa primeira etapa. Isto pode ser feito através de medicamentos seguros e que não produzam risco de dependência física dos pacientes. Numa segunda etapa prepara-se o paciente para que ele possa enfrentar seus limites e as adversidades vitais de uma maneira menos estressante. Sem tratamento adequado, a síndrome do pânico é altamente incapacitante, este tratamento consiste em medicamentos para a crise, habitualmente antidepressivos, acompanhado de Psicoterapia como tratamento indispensável para que o paciente possa ser reconduzido à sua vida normal

Cecilia R. B. Marques, Psicóloga

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