Transporte aéreo de animais: Como levar seu bichinho

Como comprar passagem aérea para cachorro: primeiro passo

Se você planeja levar o pet com você em sua próxima viagem de avião, deve estar atento aos cuidados necessários. É muito importante saber qual o procedimento para comprar passagem aérea para cachorro. Além disso, deve-se ficar atento a muito mais que somente o preço do bilhete e os horários do voo, como você confere abaixo:

  • Antes de começar a pesquisa por passagens, verifique quais companhias aéreas realizam o transporte de animais e quais são as condições (peso, tamanho da caixa de transportee onde o pet será transportado);
  • No caso de cães e gatos, se possível, dê preferência às companhias que permitem que o pet vá na cabine com você, onde você pode observá-lo e transmitir a ele segurança;
  • O limite de peso (soma do peso do pet e do peso da caixa) permitido na cabine varia de 5 kg (Azul) a 10 kg (Gol) dependendo da companhia. Fique atento na hora de escolher;
  • Se ultrapassar o limite de peso permitido na cabine, o transporte de cães e gatos também poderá ser feito no compartimento de carga, dependendo da companhia. Nesse caso, o limite de peso para caixa e pet varia de 30 kg (Gol) a 45 kg (Latam);
  • Outros pets, como aves, répteis e roedores, assim como cães e gatos que ultrapassem o limite de peso do compartimento de carga poderão ser transportados em outra aeronave por meio do serviço de cargas. Verifique a disponibilidade e as condições na companhia de sua preferência;
  • Prefira voos mais curtos e diretos. Lembrando que não é permitido o transporte aéreo de animais em voos com conexão em que há troca de companhia;
  • Após a compra da passagem, o lugar do pet deverá ser “reservado” o quanto antes, visto que existe um limite – geralmente de 3 cães ou gatos – por voo;
  • No momento de escolher os assentos, tenha em mente que você não poderá ficar com o pet na primeira fila ou nas saídas de emergência.

O transporte aéreo de animais, tanto na cabine quanto no compartimento de cargas, também é cobrado pelas companhias. Não esqueça de verificar a tarifa na hora da compra para evitar surpresas.

A escolha da caixa de transporte

Por mais que seu amigo esteja acostumado ao colo, durante todo o voo ele deverá permanecer, obrigatoriamente, em uma caixa de transporte. Na hora da escolha, além de levar em conta o bem-estar do pet, é preciso pensar também nas recomendações das companhias. Veja algumas dicas:

  • Cada companhia aérea possui um limite para o tamanho das caixas que irão tanto na cabine quanto no compartimento de carga. Verifique sempre essa informação;
  • Para ser aceita, a caixa deverá ser rígida, ter ventilação, ser feita com material resistente (fibra ou plástico) e impermeável, e estar em perfeito estado de conservação, além de muito limpa;
  • Caixas flexíveis também são aceitas por algumas companhias, como a Gol e a Latam, para voos na cabine. Nesse caso, o tecido sempre deve ser impermeável;
  • Fique atento à trava da porta. Ela deve ser resistente para evitar aberturas acidentais;
  • Nunca use caixas com rodinhas em aviões. Além de perigosas, elas não são permitidas pelas companhias;
  • No caso de cães e gatos, o tamanho ideal da caixa é aquele em que o pet consegue ficar de quatro e dar uma volta de 360° em si mesmo;
  • Se perceber que o tamanho de caixa ideal vai ultrapassar o limite estabelecido, nem pense em optar por uma menor. Além de isso ser verificado pelas companhias, uma caixa que não permite movimento pode trazer sérios prejuízos ao pet;
  • Caixas grandes demais também não são recomendadas, visto que não dão estabilidade e seu amigo pode se machucar;
  • Existem caixas específicas para o transporte aéreo de aves, roedores, répteis e outros animais. Verifique as recomendações de cada companhia.

Quanto ao que deverá ser colocado dentro da caixa de transporte, a Dra. Karina Mussolino, médica-veterinária e gerente de clínicas da Petz, diz que vai depender muito da duração da viagem. Água sempre deve estar à disposição. Já para a comida, o ideal é seguir as orientações do veterinário. “Raças mais delicadas e de porte pequeno não podem ficar tempo prolongado de jejum para evitar queda de glicose no sangue, o que pode ocasionar desmaios e/ou convulsões”, explica.

Transporte de animais em avião: documentação necessária

Da mesma forma que nós precisamos de documentação específica para viajar, o embarque dos animais de estimação também depende da apresentação de certos documentos e certificados. Confira a seguir tudo o que você vai precisar para o embarque do seu amigo em voos domésticos e internacionais:

Para voos domésticos:

  • Carteira de vacinação com comprovante de vacina antirrábica aplicada há mais de 30 dias e há menos de 1 ano;
  • Atestado de saúde emitido por médico veterinário até 10 dias antes da viagem, garantindo que o pet está saudável e em boas condições para viajar.

Para voos internacionais:

  • Carteira de vacinação com comprovante de vacina antirrábica aplicada há mais de 30 dias e há menos de 1 ano;
  • Atestado de saúde emitido por um médico-veterinário até 10 dias antes da viagem;
  • Certificado Veterinário Internacional (CVI) válido por 60 dias corridos após a emissão (para América do Sul);
  • Certificado Zoosanitário Internacional (CZI) válido por 60 dias corridos após a emissão;
  • Atestado sanitário emitido por um veterinário até 10 dias antes da emissão do CVI, garantindo que o pet está saudável.

Vale ressaltar que essa é apenas a documentação exigida pelas companhias aéreas para embarque no Brasil. No caso de voos internacionais, além dela, também é preciso conferir quais são as condições para a entrada do pet no país de destino, o que pode ser visto no site do Ministério da Agricultura, onde você também consegue solicitar o CVI.

Preparando o transporte de animais em avião

Já comprou as passagens, escolheu a caixa de transportes e garantiu toda a documentação necessária para viajar com o pet? Então é hora de prepará-lo para o grande dia! Saiba como fazer isso:

  • Com a caixa de transporte em mãos, aproveite para acostumar o pet a ela cerca de 1 mês antes da viagem. Comece deixando a caixa com a porta aberta, coloque alguns brinquedos dentro e permita que o seu amigo entre e saia dela livremente. Quando perceber que ele se sente à vontade, feche a porta por alguns minutos e permaneça perto dele, fazendo isso gradualmente até que ele se habitue com o acessório;
  • Consulte um veterinário a respeito de qual deve ser o conteúdo e a frequência da alimentação no dia da viagem, tanto antes quanto durante o voo;
  • Não menospreze a importância do atestado de saúde. É fundamental que ele só seja emitido pelo veterinário após um exame cuidadoso do seu amigo para garantir seu bem-estar;
  • Cães e gatos braquicefálicos devem receber atenção especial, devendo passar por um check-up completo, inclusive por exames cardíacos, antes da viagem, visto que possuem maior dificuldade respiratória;
  • Ao contrário do que muitos acreditam, não é recomendado sedar o pet antes de embarcar. Na verdade, muitas companhias chegam a proibir essa medida.

Para reforçar, a Dra. Karina alerta que qualquer medicação só deve ser usada com orientação veterinária. “Não costuma-se indicar nada sem avaliação e exames prévios”, diz.

Chegada ao destino

Pensou que os cuidados com o transporte aéreo de animais tinham chegado ao fim? Nada disso! Tenha o pet permanecido na cabine ou no compartimento de cargas, ao chegar no destino, o primeiro ponto de atenção é a hidratação. Por isso, dê a ele água fresca em abundância.

Ainda que seu amigo tenha comido pouco durante a viagem, ofereça somente uma pequena porção de alimento e evite que ele faça muito exercício. Principalmente no caso dos cães de porte grande, atividades como correr e pular após a refeição podem levá-lo a um quadro de dilatação ou torção gástrica.

Fonte: Blog Petz

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