Antes da votação para presidente da Câmara (leia acima), os vereadores apreciaram o Orçamento 2019 que, sob certa tensão, tendo em vista que a oposição, por considerar que faltou tempo e espaço para a população participar da discussão sobre a peça orçamentária, teve negado o pedido de adiamento e realização de mais uma audiência pública.
Amigão D’Orto questionou falta de transparência
Inconformado, o vereador Amigão D’Orto (PTC) levantou alguns questionamentos, como a não realização uma Audiência Pública em período noturno: “isso é para a população não ver”, disse. O edil teve suas palavras endossadas pelo presidente Rubão (PSD) que ressaltou que a “Câmara é transparente e a população precisa participar”. Durante sua fala, insinuou que alguns de seus pares estariam acelerando o processo por conta de vantagens pessoais, o que causou uma reação acalorada por parte de Zé Nelson que chegou a precisar ser contido para evitar um conflito que poderia chegar as vias de fato contra Amigão.
Integrante da comissão de finanças, o Vereador Edmar Oldani fez mea-culpa: “Nós da comissão deixamos 45 dias para ler e reler (…) infelizmente estamos passando o LOA sem base. Não podemos reclamar de Saúde, Educação, Cultura e Meio Ambiente sem ter lido, relido e não saber onde vai o recurso”.
Já o vereador Rubão Fernandes apontou a recusa de alguns dos pares em analisar a peça em uma sessão extraordinária que seria realizada dentro do período de recesso: “não querem que se analise melhor o projeto. Talvez já estejam de viagem marcada. É absurdo a população não ter voz na Câmara. Falta respeito pela população, pelo mandato”.
Ao final, a peça foi aprovada por 10 votos favoráveis, 5 contrários e 2 abstenções.
