“Ser gráfico era ser um artista”

Amanhã, 07 de fevereiro, é o Dia do Gráfico uma data que foi escolhida para homenagear o gráfico em razão de uma greve realizada por esses profissionais no ano de 1923, em São Paulo, onde reivindicavam melhores condições de trabalho e salários mais justos.

Sergio Bento, Gazeta e Mauro Soldá

Sergio Bento, Gazeta e Mauro Soldá

As primeiras impressões foram criadas por Johan Gutemberg (1400 – 1468), através de um código de impressão feito por letras em alto relevo e metálicas, que chamavam de tipos, elas eram próprias para fixar a tinta. E foi Gutemberg o rei dos aperfeiçoamentos das técnicas de impressão, sendo o primeiro a publicar a bíblia sagrada, através da impressão de trezentas páginas por dia.

Com o passar do tempo, as formas de impressão se tornaram modernas e mais ágeis, tornando a profissão de gráfico importante ferramenta para as comunicações e o jornalismo. Mas, por conta do avanço da modernidade e da informatização, os trabalhos gráficos não ficaram somente em torno das impressões das letras. As artes gráficas vieram com força total, possibilitando impressão de imagens em altas resoluções, dando maior qualidade aos produtos.

Para comemorar essa data tão importante, nós do Mais Notícias entrevistamos os três gráficos mais antigos da cidade que contaram como era trabalhar em uma tipografia e o que mudou daqueles tempos para hoje.

“Antes de entrar nessa área eu já fui servente de pedreiro, e recebi um convite para entrar na Santa Rita (tipografia daquela época) eu entrei lá com 11 anos. A primeira coisa que eu fiz na gráfica foi picotagem, e assim fui aprendendo a função de um tipógrafo e fiquei lá por 12 anos”, disse Mauro Soldá, da gráfica Nexo.

Sergio Bento, da gráfica Reluz, lembra que o trabalho de tipógrafo era uma verdadeira arte. “Tudo que eu sei hoje é graças a Waldemar Corrêa, dono da gráfica onde nós trabalhávamos. Antigamente essa profissão chamava Artes Gráficas, nos éramos mais valorizados e vistos de uma forma diferente. Ser gráfico era ser um artista, mas hoje não há mais nada de arte. Cada letrinha era montada, nos usávamos e depois tínhamos que por novamente na caixa então tinha que ser um verdadeiro artista para trabalhar com isso, o que não acontece mais hoje”.

Gazeta, um dos gráficos mais antigos na cidade em atividade, relatou as mudanças que a tecnologia trouxe para a profissão. “Ocorreu uma transição muito rápida quando começou a informatização. Muitos pequenos empresários de tipografia não conseguiram acompanhar e eu fui um deles. Muitos pararam naquela ocasião, sobreviveram apenas empresas que conseguiram se modernizar e acompanhar a evolução”.

Nós da redação do Jornal Mais Notícias deixamos essa pequena e singela homenagem aos gráficos de todas ás épocas, estes profissionais que ajudaram as mídias impressas ao patamar de excelência dos dias atuais. Parabéns e Obrigado!

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