Saulo: “Ribeirão Pires está muito bem economicamente quando comparada com outras cidades”

Na última terça-feira correu a informação de que o salário dos funcionários públicos de Ribeirão Pires referente ao mês de junho seria pago com atraso. A notícia chegou às redes sociais e acabou se tornando – guardadas as devidas proporções – um “incidente diplomático”, com direito até mesmo a uma ameaça de greve caso o montante não entrasse em conta até as 12 horas.

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Na mesma manhã, após uma reunião, a Prefeitura explicou, por meio de nota oficial que, de fato, houve um atraso de algumas horas no crédito dos vencimentos, que foram depositados ainda no expediente bancário. O documento ainda disse que o atraso se deu por conta do pagamento antecipado da primeira parcela do 13º salário, realizado na última sexta (26) e também por conta da redução no repasse do FPM – Fundo de Participação dos Municípios, enviado pelo Governo Federal nos dias 10, 20 e 30 de cada mês. Como este recurso é usado para completar o valor da folha – e foi depositado com cerca de R$ 500 mil a menos – foram necessárias medidas alternativas para completar o montante. Outro fator externo foi o atraso no repasse de ICMS por parte do Governo do Estado de São Paulo.

Em contato com o Jornal Mais Notícias, o Prefeito Saulo Benevides afirmou que: “Ribeirão Pires observa a crise econômica nacional passar pelas cidades vizinhas, mas aqui os impactos dessa crise são baixos. Em São Bernardo, por exemplo, as empresas estão fechando as portas e milhares de trabalhadores estão na rua. O incidente do último dia 30 sobre o salário dos funcionários é um bom exemplo de como nós estamos superando a crise. O salário foi depositado no dia, não houve atraso e ainda pagamos o 13º adiantado. Ribeirão Pires está muito bem economicamente quando comparada com outras cidades. Nossa dificuldade está apenas nos repasses do Governo Federal”.

O prefeito avaliou a situação reconhecendo que problemas financeiro poderiam ser piores se não houvesse planejamento para driblar os efeitos da crise. “Em 2013 iniciamos uma política de benefícios fiscais e desburocratização de procedimentos. Isso atraiu muitas empresas para a cidade. Estamos caminhando para a independência financeira de nosso município, que ainda depende em parte de repasses dos governos”.

Recentemente, a Prefeitura adotou medidas para evitar novas oscilações no fluxo de caixa, como a redução dos salários dos comissionados em 15%. Sobre isso, o prefeito concluiu: “Planejamos algumas medidas alternativas para manter o funcionamento da máquina pública. Não podemos deixar a cidade parar e culpar a crise financeira. Esperamos não precisar tomar medidas drásticas, afinal, fizemos nossa lição de casa”.

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