Saúde de Ribeirão Pires volta a ser tema de discussões na Câmara

Alvo de polêmica desde 2015, a CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Saúde voltou a ser tema de discussões na sessão da última terça-feira (10). Além disso os vereadores voltaram a discutir sobre a situação que a saúde se encontra na cidade.

De acordo com o vereador Renato Foresto (PT), em abril foi feita uma representação ao Ministério Público, afirmando que não havia médicos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). “O mais grave desse documento é que quem assina esse comunicado, é um promotor público de Barueri. O Ministério Público de Ribeirão Pires, tem uma promotora que está de licença maternidade, e então o Abner que é promotor da cidade, estava com muita coisa acumulada, e acabou passando o pedido para o promotor de Barueri”.

Ainda segundo Foresto, foi feita uma reclamação ao Ministério Púbico sobre a abertura da CEI. Conforme o vereador, a resposta do mesmo promotor foi que “não cabe ao Ministério Público interferir nas tramitações da Casa de Leis”, e Foresto concluiu, “a questão não é para a votação, isso já foi votado pelos 17 vereadores, a única questão é porque não se instala a CEI. Há várias questões a serem apuradas. Está faltando remédios nos postos de saúde, está faltando médicos e o único ponto de atendimento aos finais de semana é a UPA”, disse, antes de fazer uma crítica: “O interessante é que o Ministério Público acelera o processo que eles querem, o que não querem eles jogam na gaveta”.

Além de Foresto, os vereadores Rubão (PSD) e Eduardo Nogueira (SD) reclamaram da falta de médicos e sobre o caso uso do Hospital e Maternidade São Lucas para cirurgia do secretário da Saúde, Gerson Constantino, “o que aconteceu foi abuso de poder por parte do secretário”, comentou Eduardo. Outros vereadores como Gabriel Eid Roncon apoiaram a cobrança da abertura da CEI.

Há três semanas a reportagem do Jornal Mais Notícias teve acesso ao requerimento de resposta da CEI. No documento está descrito “que não há prazo legal para a instauração da CEI” e há formalidades “pendentes de realização” e também que a instalação da Comissão deve se dar por Projeto de Resolução proposto pela Mesa Diretora, o que poderia até ser interpretado como margem para manobra, já que a CEI foi proposta pela Casa.

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