Raul Seixas: a lenda do Rock Brasileiro

Ontem (13) foi comemorado o dia internacional do Rock, data que surgiu em 1985 após a realização do Live Aid, um grande show realizado simultaneamente em Londres na Inglaterra e na Filadélfia nos Estados Unidos com objetivo de conscientizar a população sobre a pobreza e a fome na Etiópia por meio do estilo musical que mais influenciou o comportamento no século XX.

Roberto Seixas faz covers de Raul há 29 anos

Roberto Seixas faz covers de Raul há 29 anos

Como não poderia deixar de ser, o Brasil também abraçou as melodias do rock e teve como seu maior ícone Raul Seixas. Em 1962, o Músico começou sua trajetória com a banda “Os Relâmpagos do Rock”, que mais tarde teve seu nome modificado para “The Panthers” e finalmente, “Raulzito e os Panteras”, que durou até a o lançamento do primeiro LP.

Já em 1972, Raul Seixas classificou duas músicas no Festival Internacional da Canção, concurso musical produzido pela Rede Globo. Após o evento, Raul gravou seu primeiro compacto chamado “Let Me Sing” e seu primeiro LP solo com uma coletânea de covers, chamado “24 Maiores Sucessos da Era do Rock”. Mas foi em 1973 que Raul lançou o LP “Krig-Há, Bandolo!”, que apresentava sua primeira parceria musical com Paulo Coelho.

Após a divulgação do lendário “Sociedade Alternativa”, Seixas foi preso pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), órgão de repressão da Ditadura Militar, mandado para o exilio nos Estados Unidos. Já de volta ao Brasil em 1974, Raul lança o LP “Gita”, seu álbum de maior sucesso. No ano de 1977, após desfazer a parceria com Paulo Coelho, Raul lança o LP “O Dia Que a Terra Parou”, que continha as músicas “Maluco Beleza” e “Sapato 36”. Desde o final da década de 70, Seixas começou a apresentar problemas de saúde e faleceu em 1989.

O legado de Raul Seixas permanece até hoje, e muitos não deixam sua imagem ser esquecida, como é o caso de Roberto Seixas, que faz trabalhos como sósia e cover do cantor desde 1987.

Para Roberto, as músicas de Raul Seixas continuam tão atuais quanto na época de lançamento. “Naquela época, nós vivíamos na repressão e desejávamos a liberdade de expressão. Hoje, a repressão está disfarçada de algo novo e enganador que deseja impedir determinadas coisas. Um exemplo é a música “Século XXI” do disco “A Panela do Diabo” que continua atual. Para quem não lembra, a letra diz: “Se você correu tanto, e não chegou a lugar nenhum, Baby oh Baby benvinda ao Século XXI”.

Roberto afirma que o rock não perdeu espaço com o surgimento dos novos ritmos. “O rock se mantém vivo no meio underground, porque não é aquela mesmice que sempre tem espaço nas TVs”.

O artista conclui fazendo uma reflexão sobre sua carreira que é dedicada ao maior rockeiro brasileiro: “Eu sou muito grato ao público do Raul, eu sou quem sou por causa do público do Raul, e isso já dura 29 anos. Isso prova que a alma do Raul continua vivendo até hoje”.

 

 

 

 

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