Quem pode vencer o favorito Kiko?

A matemática é a mãe das ciências até porque ela é exata. Não dá margem para erros a não ser que, claro, o executor da conta não esteja em um bom dia – ou não saiba fazê-la. Até mesmo por isso, ela é implacável e nos permite a exercícios de antevisão.

Com o desembarque do DEM na semana passada, a chapa que apoia a pré-candidatura de Kiko Teixeira (PSB) à prefeitura conta, até o momento, com 12 partidos, sendo a maior aliança em Ribeirão Pires. Isso posto, considerando que cada coligação proporcional pode ter até 34 postulantes, teríamos ao menos 204 candidatos (considerando a união mínima de dois partidos) na chapa pedindo votos a ele.

Seguindo o mesmo raciocínio, considerando a média de 196 votos por candidato que tivemos na eleição passada (de acordo com os dados oficiais do TSE) teríamos um total de 39.984 votos para o grupo. Historicamente, cerca 50% dos votos dos vereadores são redirecionados aos candidatos majoritários por eles apoiados. Baseado nisso, Kiko teria, considerando apenas os votos “herdados” de cada um deles (sem contar os oriundos de outras coligações), 19.992 votos que, em uma projeção baseada na eleição anterior, lhe daria cerca de 33% dos sufrágios, número suficiente para, ainda que haja um longo caminho até outubro, não é exagero dizer que, neste momento, Kiko pode ser apontado como vencedor das eleições. Corrobora para isso o forte movimento de políticos ratificando apoio a pré-candidatura do ex-prefeito de Rio Grande da Serra, alguns deles inclusive mudando de lado, o que pode engordar ainda mais essa conta.

Mais do que as mudanças de lado, há também as outras pré-candidaturas que, verdade seja dita, não decolaram seja por falta de apoios ou da apresentação de propostas efetivas – o que deve acontecer a partir do mês que vem. Além disso, a gestão Saulo, que escorregou na crise e patinou no cumprimento de itens-chave de seu programa de governo baseados em verbas federais como o Teleférico e o viaduto, também tem falhado em pontos como a manutenção urbana e a saúde, aumentando a tendência de mudança entre o eleitorado.

Pesquisas realizadas internamente entre os grupos políticos apontam, de fato, para o favoritismo de Kiko, com Luiz Carlos Grecco figurando a seguir e, pelo que se desenha, talvez seja este o grande embate destas eleições. Já Saulo Benevides, caso não trabalhe por uma reação rápida e estruturada com trabalho de grupo consciente, as perspectivas de reeleição, tende a ter o mesmo futuro de Aidan Ravin, em Santo André: um prefeito que, por falhas de seu secretariado, não conseguiu a reeleição.

 

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