“Quarta-feira de Lama” marca volta ao trabalho no Centro de Ribeirão Pires

A “Quarta-feira de Cinzas”, dia em que muitos se recuperam da ressaca do carnaval, foi encarada de maneira diferente pelos comerciantes do Centro de Ribeirão Pires. Lojistas das ruas Dr. Felício Laurito e Euclides da Cunha (próximo à fonte da Praça Central e a Pastelaria Monte Castelo), tiveram que iniciar o dia retirando a camada de lama e água que invadiu os estabelecimentos durante a forte chuva que caiu na cidade no início da noite desta terça-

Água tomou conta de boa parte da região central

feira. Os prejuízos, somados, podem chegar a mais de R$ 100 mil.

Rayana de Souza, vendedora da loja Afonso Bolsas, lamenta a perda de grande parte da mercadoria. “Umas 17h começou a chuva forte e a água foi tomando conta de tudo”, comenta. “As malas grandes e muitas mochilas estão cheias de lama” conta com pesar a lojista que, pela segunda vez em quatro anos, contabiliza um grande prejuízo por conta de alagamento na região central.

No comércio de frente, a Granfarma, mercadorias, eletrônicos e até um automóvel de um funcionário foram atingidos. “Quando a água subiu fechamos as portas e começamos a retirar os produtos. Infelizmente algumas coisas se perderam”, explica Rodolfo Lopes, atendente da farmácia.

Cada um dos comércios do perímetro sofreu danos de alguma forma. O Banco BMG perdeu computadores e mobília, a papelaria Mitani perdeu produtos armazenados próximos ao chão. Igual situação se viu na Loja Tókio. “Há muito tempo temos solicitado à Prefeitura uma limpeza nas galerias e nada foi feito”, expõe Keiko Goto, da Loja Tókio. Embora o valor real dos prejuízos ainda esteja sendo contabilizado, os lojistas calculam uma média de R$ 100.000,00 em mercadorias estragadas nos diferentes comércios.

De acordo com a Defesa Civil, na última terça-feira choveu90 milímetrosem uma hora, volume de água que deixou o Município em estado de emergência. Entre as ocorrências estão o alagamento de residências na Rua Fagundes Varela, no Jardim Caçula, que já foram vistoriadas por técnicos, e a enchente na região central da cidade.

Em nota a Prefeitura informou que a “Secretaria de Infraestrutura Urbana já está efetuando a limpeza das bocas de lobo e a roçagem do mato em toda a cidade”. Dentre as medidas preventivas, a Prefeitura estuda a construção de piscinões e, no caso específico do Jardim Caçula, o Município pretende iniciar negociação com a Sabesp para solucionar a questão do esgoto que fica represado naquela área.

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