Quanto vale o turismo?

“A preocupação em se valorizar o que já existe aqui e que sempre foi aclamado já devia estar no plano de governo anterior.”

Com o passar dos anos, algumas coisas são desprestigiadas em prol de outras. Isso acontece com tudo em nossas vidas. Na política pública, isso não é diferente, portanto. Em Ribeirão Pires, esses anos que se arrastaram promoveram o relaxamento no qual a cidade foi deixada, em especial no que tange o turismo.

Desde o final da década de 90, Ribeirão detém título de Estância Turística concedido pelo Governo do Estado somente para municípios que cumprem certos requisitos. À época, o então governador Mário Covas entendeu que nossas belezas naturais e projetadas faziam jus. Só que, pela primeira vez em tantos anos, ficamos arriscados a perder tal honraria. Tudo porque, nos últimos quatro anos em especial, o turismo ribeirãopirense ficou estagnado, conforme explicou o secretário de Turismo e Desenvolvimento, Marcelo Menato, ao Mais Notícias (confira na página quatro).

Alguns exemplos: O Mirante Santo Antônio já está pichado novamente e chegou a ficar fechado e abandonado por um bom tempo, sem qualquer resposta da gestão que comandava a cidade à época. Já houve casos, inclusive, de consumo de drogas no local.

O Parque Pérola da Serra também possui espaço para caminhada em meio à floresta, espaço para lanchar, uma caverna e até arborismo. Hoje, porém, o local abriga a Secretaria de Trânsito e faz divisa com a de Turismo e Desenvolvimento Econômico e o Hotel Escola.

Essa enorme falha da gestão anterior causou danos a cidade em todas as instâncias. Aos cofres públicos, a perda de, ao menos, três das quatro verbas enviadas anualmente pelo DADETUR (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos), cerca de R $ 12 mi. A impressão que dá é que não tinham a dimensão da importância do turismo para a região.

A nova gestão, ao contrário, está valorizando o que é nosso. Além de vários projetos que tangem o desenvolvimento turístico e econômico da cidade, como a recuperação dos pontos abandonados, há o surgimento de novos, como a Torre de Miroku – empreendimento particular de ordem religiosa (confira mais na página seis). A preocupação em se valorizar o que já existe aqui e que sempre foi aclamado já devia estar no plano de governo anterior. E não a ideia se gastar verdadeiro caminhão de dinheiro na construção de algo que seria interessante do ponto de vista turístico caso houvesse condições financeiras e estruturais para sua construção.

Com o ano novo batendo à nossa porta, nos resta aguardar e torcer para que continuemos no caminho certo e que Ribeirão Pires volte a ser uma das grandes referências do turismo paulista e, por que não, nacional.

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