Qual seu voto?

No dia do primeiro debate entre os candidatos para presidente do Brasil, na Band, o Ibope anunciou sua pesquisa de intenções de votos, candidata do PT Dilma Rousseff aparece com 34% das intenções de voto contra 29% de Marina Silva do PSB, enquanto Aécio Neves marca o terceiro lugar com 19%. Em um eventual segundo turno, Marina venceria Dilma por 45% a 36%. Após o debate, elogiado por especialistas e jornalistas de Política, foi à vez da CNT/MDA, divulgar sua pesquisa. A candidata petista está em primeiro lugar, com 34,2%, enquanto Marina soma 28,2% e Aécio caiu para 16%. No confronto do segundo turno, Marina vence Dilma por 43,7% contra 37,8%.

A morte violenta do então candidato do PSB Eduardo Campos mudou o jogo eleitoral e embaralhou a linha de raciocínio do eleitor mediano. Como resultado, os marqueteiros políticos tentam desvalidar o avanço de Marina, dizendo que é resultado da comoção pública em torno da tragédia de seu companheiro de partido. Mas existe algo por trás das pesquisas de intenção de voto: a fragilidade política tanto do PT quanto do PSDB.

Prova desta franqueza é a intensa queda da avaliação do Governo Dilma durante as manifestações de junho de 2012, chegando ao deprimente 35%. Dilma não é capaz de dialogar com o Brasil e isso é evidente. Quem ainda apoia a presidente está preso em um discurso populista que só atrapalha o desenvolvimento econômico, social de forma não saudável.

A afirmação de Marina, de que o Brasil colorido pintado por Dilma não existe, é uma realidade. A violência cresce, a educação tropeça e a infraestrutura passa longe de ser o ideal. A corrupção se tornou praticamente uma função política no Governo. Condenados se tornam heróis nacionais e o País afunda.

Marina pode até não ser uma terceira via, mas sem dúvida é um respiro político. Marina representa um Lula no início dos anos 2000. E aí que paira da dúvida: Marina percorrerá o mesmo declínio político, ético e moral de Lula ou realmente tentará manter seu discurso?

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