Preparando o pet para a chegada de um bebê

Por Eliana Maciel de Góes Médica Veterinária CRMV 4.534.

Até a chegada de um bebê, o animal de estimação é o centro das atenções. De repente, o filho passa a ser alvo de todos os mimos e carinhos da casa e o bichinho passa a ser colocado em segundo plano ou mesmo negligenciado. É importante lembrar que não se deve excluir o animal de estimação dos preparativos para a chegada do novo membro da família. Impedir completamente o acesso do animal ao futuro quarto do bebê só vai gerar ainda mais curiosidade e ansiedade. Este acesso não causará problemas se o animal estiver vacinado, vermifugado e de banho tomado.

Os animais podem apresentar mudanças de comportamento ao perceberem a gestação: ciúmes, curiosidade, medo ou ainda, agressividade. Para evitar que o animal se sinta preterido e fique ressentido, é importante fazê-lo entender que a família vai ganhar um novo membro e não um concorrente, alguém que vai roubar o seu lugar. Quando o bebê estiver na maternidade, o pai deve levar para casa uma peça de roupa usada pelo bebê e entregar ao cão ou gato, para que sinta o seu cheiro, reconhecendo-o quando chegar. Ao entrar com o bebê, apresente a criança, se abaixe na altura do cão e deixe que o animal o cheire. Comece pelo pezinho e vá identificando a reação do animal. Se positiva, permita que ele vá cheirando cada vez mais. Depois, leve o bebê para o quarto e chame o cão, explicando com palavras em tom carinhoso que é um “irmãozinho” e que ali é o lugar dele.

Outra dica é associar a criança a situações agradáveis. Ao amamentar, por exemplo, coloque o cão próximo e traga um brinquedo ou petisco para esse momento. Assim, enquanto a mãe amamenta o seu bebê, o cão estará feliz com a atenção e associará positivamente.

Para animais ansiosos, ciumentos ou possessivos, é recomendável entrar em contato com o veterinário, pois existem tratamentos alternativos com associações de florais e fitoterápicos para preparar o animal para essas mudanças.

Devemos evitar reações exageradas como gritos, sustos, porque os animais percebem estas reações e vão agir com insegurança e, no caso dos dominantes, vão tentar se sobrepor. É importante sempre manter a tranqüilidade e a naturalidade.

Manter a rotina do animal também faz parte do processo de introdução do bebê, ou seja, evitar mudar hábitos como a freqüência de passeios e brincadeiras, pois toda e qualquer mudança gera ansiedade e estresse e o cão pode exacerbar essa vibração de forma negativa.

 

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