Prefeitura reduz dívidas municipais e paga mais de R$ 30 mi herdados da gestão anterior

A Prefeitura de Ribeirão Pires apresentou balanço informando que a atual dívida da Administração Municipal é de aproximadamente R$ 35 milhões. Segundo o prefeito Saulo Benevides (PMDB) “as contas do município poderiam estar equalizadas se não fossem os R$ 41,3 milhões herdados durante a transição do governo em 2012/2013”.

 “Eles não dizem que a dívida começou na gestão deles e ainda querem aparecer como bons moços”, rebate Saulo

“Eles não dizem que a dívida começou na gestão deles e ainda querem aparecer como bons moços”, rebate Saulo

Em documento oficial atestado pelo Secretário de Finanças, Nelson Gomes de Melo, conhecido como Nelsinho do Fórum, a Prefeitura informa que “em janeiro de 2013 a atual Gestão constatou endividamento público deixado pela administração anterior na ordem de R$ 41,3 milhões. Este valor remete apenas a gastos empenhados em 2012 não honrados, dívidas com fornecedores e credores, folha de pagamento e contratação de 570 funcionários de maneira irregular” (não entram nessa conta os precatórios e as cobranças previdenciárias). Em nota a Prefeitura informou que “essas ações feriram gravemente a Lei de Responsabilidade Fiscal”, o que teria resultado na rejeição das contas públicas de Clóvis Volpi (PTB), junto ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. “Nos últimos 2 anos e seis meses, a Prefeitura quitou ou renegociou um montante de mais de R$ 30 milhões dessa dívida anterior, mantendo as certidões em dia para que a cidade estivesse apta a receber recursos dos governos do Estado e Federal”, destaca a nota.

A atual dívida de R$ 35 milhões seria constituída do que resta a pagar da chamada “herança maldita” e do resultado de outros quatro fatores destacados pela Prefeitura. São eles: Atrasos de repasses junto ao Governo Federal; Acentuada queda na arrecadação por conta da atual crise financeira que assola o país; Aumento do custeio da máquina pública após ampliação de serviços de Cultura, Saúde, Educação, Segurança, Esporte e Lazer; e concessão de benefícios ao funcionalismo em diferentes categorias.

Em recente entrevista Saulo criticou severamente seus opositores devido ao jogo político praticado por eles. “Essas pessoas que estão criticando as finanças de Ribeirão são os mesmos que fizeram a dívida. Os gestores do passado estão buscando recuperar o poder, por isso compraram a imprensa para caluniar e espalhar mentiras. Eles só querem voltar ao poder a qualquer custo. Eles não dizem que a dívida começou na gestão deles e ainda querem aparecer como bons moços. Garanto que eles sabem muito bem o valor da dívida que deixaram, que devastou a cidade”, apontou Saulo.

Para enfrentar a queda na arrecadação a Prefeitura iniciou um pacote de medidas. Uma delas foi a redução do salário do prefeito e seus secretários (veja ao lado), além de cortar gastos com contratos e alugueis. “Nosso governo está equacionando as contas, isso leva tempo”, disse o prefeito antes de acrescentar: “Estamos desenvolvendo sem tributar a população com impostos, principalmente o IPTU como fizeram no passado. O custeio sobe a cada dia porque aumentamos o atendimento na Saúde, principalmente para atender cidades vizinhas como Rio Grande da Serra, Suzano e Mauá. Aumentamos o número de crianças nas creches, na escola de música, nos esportes e nos cursos de dança. A cidade não parou e estamos trabalhando para passar por essa crise mantendo a criação de empregos e o desenvolvimento da cidade”, finalizou.

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