Prefeitura nega que relógio suíço destruirá Jardim Japonês

Na última terça, um panfleto assinado por diversas entidades sindicais foi distribuído na cidade questionando a construção da Torre do Relógio, um novo ponto turístico planejado para ser erguido no Paço Municipal.

Licitação que seria realizada ontem foi cancelada

No texto, ladeado por uma charge alusiva ao caso, “os trabalhadores dos sindicatos do ABC dirigem-se à população de Ribeirão Pires para manifestar repúdio a anunciada construção de uma torre de 20 metros de altura, com um relógio de cerca de 3 metros”, alegando que “colocaria abaixo marcos da memória e dos afetos da cidade como o Jardim Japonês e afetaria de modo irreversível a paisagem de Ribeirão Pires” e que o valor de R$ 2,5 milhões é “absurdo” para a construção de um “monstrengo que vai sepultar parte da história de Ribeirão Pires” (sic).

A ideia dos manifestantes é mobilizar a população da cidade para que o projeto seja abortado, a licitação seja extinta e, assim como outras iniciativas futuras, seja discutido “com a participação da população”. Para isso, segundo rumores, estaria sendo planejada uma passeta com destino ao Jardim Japonês para os próximos dias.

Quando anunciada, em setembro, a obra previa a construção de um prédio de 20 metros de altura, quatro faces e um relógio em seu topo, na esquina entre as ruas Miguel Prisco e Brasil, com verbas oriundas do DADE, o Departamento para Auxílio ao Desenvolvimento das Estâncias. Abaixo, ficaria instalado um salão de exposições – justamente a parte que levantou a hipótese de se colocar abaixo o Jardim Japonês.

Em contato com o Jornal Mais Notícias, a Prefeitura explicou que a licitação, prevista para ontem, não foi realizada: “houve a suspensão com a finalidade de esclarecer dúvidas técnicas das empresas interessadas em participar do certame”, afirmou a assessoria, que ainda ressaltou: “ainda não há definição da data de retomada”.

Em relação ao Jardim Japonês (e, consequentemente, o obelisco em memória aos ribeirãopirenses parte da Força Expedicionária Brasileira que foi à guerra em 1945), uma boa notícia: “é esperada na próxima semana a visita do cônsul do Japão na cidade para participar do lançamento do projeto de revitalização do mesmo”.

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