Parvovirose – como manter seu cão seguro

O parvovirose é uma doença viral infecto contagiosa comum em cães. É transmitida pelo contato com animal doente ou ambiente contaminado. É um vírus resistente a maioria dos desinfetantes sobrevivendo anos no ambiente e em objetos inanimados sendo necessário realizar quarentena no espaço onde houve caso da doença. 

Há vacina contra a doença porém a infecção é bastante comum em filhotes ainda não vacinados ou durante a primovacinação, momento onde este não tem o sistema de defesa do organismo completamente formado onde a doença pode ser fatal. Em animais adultos pode ocorrer porém estes tornam-se mais resistentes ao longo da vida ao desenvolver anticorpos pelo contato prévio com a doença ou por vacinação.

Os principais sintomas da parvovirose é gastroenterite hemorrágica aguda caracterizada por sangue nas fezes, linfopenia e leucopenia que é redução das células de defesa que agem principalmente contra vírus (linfócitos), vômitos e nos casos mais graves vômito com sangue. O parvovírus tem tropismo às células do tecido linfóide e vilosidades do intestino. Ao  colonizar os enterócitos (células intestinais) causa destruição destas e consequente hemorragia da parede intestinal resultando além de desidratação grave por perda de água, eletrólitos e sangue levando a óbito por choque endotóxico. Pode haver febre e infecção bacteriana secundárias às lesões virais tornando o caso grave rapidamente levando a choque séptico. Em filhotes de menos de 15 dias causa miocardite e necrose do coração gerando insuficiência cardíaca aguda.

A contaminação se dá por via oral e nasal principalmente e o vírus é disseminado através das fezes sanguinolentas do animal infectado. O desenvolvimento da infecção é rápida, onde primeiro ocorre a infecção dos linfonodos, carregando o vírus pela circulação sanguínea até atingir o intestino em média de 10 a 14 dias após contaminação onde é possível detectar partículas virais nas fezes.

O tratamento é sintomático onde deve-se restabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico (fluidoterapia) e combate a infecção bacteriana secundária a destruição do tecido intestinal. Deve-se fazer soro via intravenosa de acordo com o grau de desidratação do animal, reposição de potássio e antibióticos. Pode ser necessário transfusão sanguínea e de plasma dependendo do grau de anemia. Trata-se vômitos com antieméticos e jejum inicial de água e sólidos, introduzindo lentamente com tratamento suporte e melhora do animal.

O protocolo de vacinação é comumente aplicado no caso outras viroses, ou seja, a vacinação de filhotes inicia-se aos 45 dias de vida, seguida por dois reforços com intervalo de 21 dias. Os reforços em animais adultos podem ter intervalos mínimos de 1 ano, ou de acordo com a duração da imunidade vacinal detectado em sorologia.

Quem ama previne, quem ama vacina!

Colaboração: Lia Silva – estudante de veterinária, tosadora e proprietária de petshop.

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