Nonô Nardelli: conivente ou inocente?

Na última semana, em discurso na Câmara, o vereador e pré-candidato a prefeito Saulo Benevides (PMDB), aumentou o tom e colocou mais lenha na fogueira do suposto esquema de corrupção na saúde ao apontar, ao lado do prefeito Clóvis Volpi, do ex-secretário de Saúde Jorge Mitidiero e de Maurício Fonseca, da CEMED, o secretário de Governo, Nonô Nardelli (PR), como partícipe do esquema.

Consultado pelo Mais Notícias a falar sobre o caso, Nardelli recusou-se. Entre amigos, porém, comentou que não sabe, não participa e nunca participou de qualquer esquema de corrupção e que os contratos da Saúde são feitos diretamente pela secretaria responsável, a única que tem autonomia para celebrar seus próprios acordos e realizar compras. Todas as demais passam pelo crivo de Eduardo Pacheco, o secretário de Administração.

Passado o furacão, alguns aliados de Saulo Benevides reprovaram a fala de Nonô Nardelli, uma vez que é notório que, de todos os partidos que compõem a base aliada Volpi/Dedé, o PR de Nonô é o que tem o melhor diálogo com o grupo oposicionista e, em caso de (esperadas) dificuldades com a candidatura governista, que pode não se concretizar por conta dos problemas do pré-indicado com a justiça, um provável “racha” no time governista poderia levar o partido para justamente para seu lado.

Desta feita, observadores entenderam que, ao atacar Nardelli, Benevides teve uma atitude intempestiva, uma espécie de “fogo amigo” que teria afastado um possível (e importante) aliado. Entretanto, como em política tudo é possível, não seria de se espantar se ambos voltassem a se entender, especialmente se Dedé sair da disputa o que é bastante provável.

Enquanto isso, o movimento em prol da CPI da Saúde segue coletando assinaturas para forçar os vereadores a instaurar a comissão e colocar o assunto às claras. Há quem diga, inclusive, que já foi reunido o número necessário. A voz do povo prevalecerá?

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