Manifesto de descontentamento

Quando estou assistindo um programa na TV e em sua grade de programação o próximo horário é destinado a outro que não é do meu agrado, tenho opção de mudar de emissora ou desligar o aparelho e ocupar-me com outras coisas que me dão prazer e satisfação e que tenham a ver com minhas escolhas ideológicas ou religiosas ou mesmo ir dormir, se estiver cansado.

Neste final de semana, prolongado, não tinha essa opção, não com relação à emissoras de TV e sim ao que chamaram de 1º Festival da Vida do Grande ABC, evento gospel que aconteceu nas dependências do RPFC, ou melhor, no campo de futebol. Por que digo isso? Em razão da diretoria do clube e organização do evento não se preocuparem, no meu modo de entender, em respeitar o direito de opção dos moradores dos prédios da Rua Miguel Prisco e imediações, que tiveram que “conviver” com o descalabro de som acima do suportável, principalmente após as 20 horas, estendendo até após as 24 horas.

Até quando isso ocorrerá? Ano passado foi o Festival do Chocolate, na dependência do mesmo clube. Desde sexta-feira, 03 até 07de setembro (menos domingo, dia 05), a partir das 18 horas e 30 minutos, tivemos que conviver com essa postura de desrespeito de opção religiosa e do direito a descansar em nossa casa em troca de quê? Da minha parte não tive ganho nenhum, pelo contrário, retornei às minhas atividades nesta quarta-feira mais cansado do que se tivesse enfrentado os congestionamentos das estradas neste feriado que, aliás, era comemorativo ao momento de nossa história que iniciou o processo de libertação do jugo autoritário e da postura de colônia provinciana.

Optei em ficar na cidade e o que tenho em troca: novamente, desrespeito, oportunismo e insensatez!

Que os representantes do Executivo Municipal reflitam a possibilidade de projeto de um Ginásio Poliesportivo que possa abrigar eventos como esse ou um Parque de Exposições, se possível longe de áreas residenciais, para os Festivais e Festas. Que, se possível, a atual Diretoria do RPFC também pense nos moradores vizinhos das dependências do Clube nos próximos eventos.

Ribeirão Pires, para mim, deixou de ser sinônimo de tranquilidade e descanso, mesmo que a atual Administração Municipal tenha optado pelo slogan: “O bom é viver aqui!”. Será mesmo? !

Sergio Corrêa

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