“Flanelinhas” inovam e danificam veículos estacionados no Centro

Velho problema do Centro de Ribeirão Pires, os malfadados guardadores de carros estão usando artifícios cada vez mais sofisticados para intimidar (para não dizer extorquir) os motoristas que façam uso de vagas na região central.

Guardadores destroem lacre de veículo. Reparo custa R$ 74.

Atuando com liberdade na área restante da Antiga Rodoviária (que não é mais coberta pela Zona Azul) e no restante do Centro após as 18h, eles resolveram inovar na forma de cobrança, segundo alguns motoristas que entraram em contato com o jornal Mais Notícias, querendo receber valores de forma adiantada inclusive.

Outros, ainda na velha forma “pós-paga” resolveram partir para o vandalismo. Alguns munícipes relataram a nossa redação danos a uma parte vital (ao menos no aspecto legal) do carro. O leitor Benedito Neto conta que seu carro foi danificado por um deles, que quebrou o lacre de sua placa, um item obrigatório a todos os veículos, como disposto pela lei brasileira: “é um absurdo ser abordado por um desconhecido impondo dar uma ‘olhadinha’ no seu carro. Se você diz não o resultado infelizmente é este. Tive que desembolsar R$ 74,05 de relacração”. Inconformado com a situação, ele prosseguiu: “e assim nós moradores estamos dominados por esse bando de indivíduos. A cidade está absolutamente abandonada. É uma pena!” Em visita ao local, pudemos constatar um grupo de guardadores abordando os motoristas em mais de uma oportunidade. A grande parte, de fato, pagava pelo “serviço”, seja demonstrando indiferença, temor ou constrangimento.

Em janeiro deste ano, já relatamos problemas que estavam sendo causados por estas pessoas, com relatos de que, inclusive, estavam “reservando” vagas mediante cobrança. Á época, a Guarda Civil Municipal apertou o policiamento, mas com o tempo a situação voltou ao estágio de outrora – e até piorou, a bem da verdade. Vale lembrar que a atividade de Guardador de Carros é regulamentada por meio da lei 6242/1975 e pelo decreto federal 79.797/1977, e é exclusiva de profissionais registrados na Delegacia Regional do Trabalho, mediante apresentação de documentos como atestado de bons antecedentes e negativa de débitos e que, segundo o mesmo decreto, quaisquer danos que o automóvel venha a sofrer são de responsabilidade do guardador. Mais ainda: o exercício ilegal da profissão é crime.

Questionada, a Prefeitura informou que “A Secretaria de Segurança Pública está intensificando as rondas da Guarda Civil Municipal nas regiões de estacionamento e comércio, como esta em questão. A Secretaria orienta moradores que são abordados desta forma a acionarem a GCM. Em caso de danos ou prejuízos, é recomendado que a vítima preste queixa formal na Delegacia para as devidas providências”. O telefone da GCM é o 4825-2318.

Compartilhe

Comente

Leia também