Firmeza e sensibilidade no comando da Polícia Militar

“Nós juramos ser guias do bem / E nas leis ter o nosso Brasão! / Este sonho que é vida, contém / A semente do amor, da oração!…”. Este trecho do hino das policiais femininas, escrito por Marina Trincânico mostra de maneira sutil o interessante cotidiano das mulheres na polícia. Elas são delicadas por natureza, mas na hora de trabalhar em benefício da segurança da população, elas mostram força, determinação e muito empenho.

Ten. Cel. Cláudia Rigon acredita que profissionalmente homens e mulheres são iguais

Nesta semana, Ribeirão Pires recebeu a ilustre visita da Tenente Coronel da Polícia Militar, Cláudia Rigon, do comando do 30º Batalhão, responsável por Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Apesar de sua aparência frágil, ela é responsável por comandar um contingente de mais de 600 polícias. Com 25 anos de Corporação, a Ten. Cel. Rigon segue a tradição familiar. “Meu pai trabalhou por mais de 30 anos na polícia e eu segui seus passos. Fui da primeira turma da Academia Barro Branco, em 1989”, conta a tenente coronel.

Apesar da conquista, Rigon procura não distinguir as forças quando o assunto é segurança pública. “Cada vez mais as pessoas discutem as questões de gênero. Para mim, uma policial feminina se distingue apenas em algumas situações particulares por conta do jeito, que é diferente, mas profissionalmente homens e mulheres são a mesma coisa”, destaca a tenente.

Finalizando a época de eleição, muitas mulheres que foram ou ainda são candidatas, levantaram a bandeira da Segurança Pública voltada à mulheres. Sobre esse tema, Cláudia Rigon tem uma opinião formada: “Uma delegacia especializada é importante para atender os casos da especialidade. A segurança da mulher precisa de atenção especial”.

A história da participação feminina nas forças de segurança no Brasil remonta a 1953, quando a doutora Hilda Macedo, então assistente da cátedra de Introdução a Criminologia do Instituto de Ensino Técnico Policial apresentou em um congresso um trabalho científico intitulado “Polícia Feminina”. Hilda defendia a criação de uma seção feminina junto a Polícia do Estado. “O trabalho da mulher na polícia remonta à esfera de um direito a reivindicar, para se situar no campo do dever a cumprir; e por só trazer vantagem, por ser necessária à organização social, é que é aconselhável a criação da Polícia Feminina entre nós”, defendeu a cátedra. A ideia ganhou força com o apoio do então governador Jânio Quadros. Em 12 de maio de 1955, um Decreto Estadual instituiu o “Corpo de Policiamento Especial Feminino”. De lá para cá a corporação só cresceu e hoje elas são parte fundamental do sistema de segurança a nível nacional.

Hoje, sob o comando da Tenente Coronel Cláudia Rigon a Polícia Militar da região é dirigida com a firmeza de uma experiente policial e a delicadeza de uma verdadeira mulher.

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