Familiares de Nicolas questionam capacitação do Conselho Tutelar

Ao término do feriado prolongado, o Conselho Tutelar de Ribeirão Pires finalmente atendeu os apelos de familiares do garoto Nicolas Kauã Secco, assassinado pelo padrasto na madrugada de domingo. O presidente do Conselho, Antônio Carlos Pereira, recebeu os parentes da vítima para dar explicações sobre como foi prestado atendimento que resultou na decisão de deixar a guarda da criança com a mãe, que segundo testemunhas era desequilibrada e viciada em drogas.

Conselho se esquiva de dar explicações

O encontro serviu apenas para frustrar ainda mais os familiares que exigem justiça. Jusirlei de Castro Lima, prima do assassino, revelou que os conselheiros colocaram a culpa nos parentes que não entraram em contato. “Eles estão tentando tirar a responsabilidade das costas deles, mas eles não têm preparo. Vamos ao fórum para abrir um processo contra o Conselho e contra os conselheiros porque foram incompetentes”, afirmou Jusirlei.

O presidente do Conselho, não conseguiu explicar a atitude tomada pelo órgão em deixar a criança com a mãe, pondo em risco sua vida. Segundo ele, tudo o que fizeram está sendo avaliado pelo Fórum e pelo Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente, que em breve apresentarão um relatório da investigação. “Esperem o levantamento do processo. Não houve falha no acompanhamento do Conselho Tutelar. O que o Conselho tinha que fazer, foi feito e quem vai julgar se erramos ou acertamos será o Poder Público”, alegou Pereira.

Para os familiares da vítima, as declarações do conselheiro presidente não condizem com os fatos. “Vamos fazer isso pelo Nicolas e por outras crianças que estão morrendo por falta de capacitação dos conselheiros tutelares”, aponta Kelly Castro ao justificar que o Ministério Público será acionado contra o Conselho Tutelar de Ribeirão Pires.

Enquanto isso, muitas perguntas ainda ficaram sem respostas e, como disse Antônio Carlos, será necessário a apresentação do relatório final do processo, ainda sem prazo, para que conclusões sobre o fato sejam devidamente apresentadas.

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