Especialista esclarece se o fumo acalma os nervos

Muitos fumantes dizem que o tabaco é capaz de acalmar seus nervos, e estes é um dos motivos pelos quais a maioria das pessoas fuma. Mas será que isso é mesmo verdade? Segundo o pesquisador Kevin VaLeu, o prazer de fumar vem da “habilidade” que a nicotina tem de liberar a dopamina (neurotransmissor responsável por estimular o sistema nervoso). Porém, os nervos são afetados de forma negativa. “O mito de que as pessoas fumam para acalmar seus nervos é um tanto cômica, por conta do que a nicotina realmente faz aos nervos. Na verdade, pesquisas indicam que fumantes geralmente têm uma incidência maior de ansiedade do que aqueles que não fumam”, afirmou VaLeu.

Pessoas que fumam geralmente alegam que isso os acalma

Pessoas que fumam geralmente alegam que isso os acalma

Ainda segundo o pesquisador, quando um nervo é exposto a uma alta concentração de nicotina, o corpo possui uma “segunda linha de defesa” para despertá-lo. Como os nervos estão sendo estimulados, mas de uma forma negativa, eles tentam um acordar alguns receptores, para que estes possam regular a quantidade de nicotina e dopamina. “Mas como a pessoa continua a fumar e a ingerir nicotina cada vez mais, esses receptores de defesa de ‘segunda linha’ também acabam ‘dormindo’. Demora em torno de 45 minutos para um nervo se recuperar da alta dosagem de nicotina, aproximadamente o mesmo tempo que demora para que a maioria dos fumantes comecem a ansiar por outro. Como o nervo ‘desperta’, é hora de colocar mais droga nele”, completou.

Igor Chida, 29, representante comercial, é mais um que se sente relaxado ao fumar, e falou que começou aos 14 anos de idade. “Naquela época era bonito fumar, era mais uma questão de status e afirmação dentro de uma turma de amigos.” Para terminar, Chida alegou que já pensou em parar de fumar, pois ele faz exercícios e mantém uma dieta equilibrada. “Penso que o fumo vai contra todos esses valores, um grande passo para mim seria parar de fumar.”

Algumas pessoas, porém, venceram o vício, como Giovana Maria Santos, 20, técnica em química. Ela contou que fumou dos 10 aos 19 anos por influência do pai, do irmão e dos amigos. “Como eu era mais nova, queria ser como eles, então simplesmente comecei”, disse. Por fim, ela disse que largou o fumo “por causa de minhas sobrinhas, e meu namorado, por ele não gostar e também por eu me sentir mal quando o beijava”. Ela ainda disse que “para parar de fumar, comecei a fazer exercícios físicos, comecei uma dieta saudável”, completou.

Campanha de conscientização antitabagismo

 A cada ano a campanha antitabagismo ganha em números a resposta positiva do Tratado Internacional de Controle de Tabaco, assinado na 56ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra. Um levantamento feito pela Universidade Federal de São Paulo revela que nos últimos seis anos, o Brasil diminui a quantidade de fumantes para quatro milhões. O número representa uma queda de 20% no consumo de cigarros.

O objetivo da convenção da OMS (Organização Mundial de Saúde) é contribuir de alguma forma para a diminuição da mortalidade causada pelo tabagismo. Para isso limitou a publicidade de produtos de tabaco e introduz um alerta de saúde para os produtos que são classificados como “light”, o controle da expressão tem o intuito de desmistificar que esses fazem menos mal a saúde.

Leia abaixo alguns dos principais pontos do tratado.

• O tratado reconhece que o consumo e a exposição à fumaça do tabaco causam morte, doenças e incapacidade física;
• Denuncia que os cigarros são desenvolvidos para criar e manter a dependência do usuário;
implementadas a fim de reduzir o consumo;
• As embalagens não podem promover os produtos pela utilização de expressões como “suave”, “baixo teor de alcatrão”, “light” ou “ultra-light”;

Com as regras, os meios de comunicação são obrigados a ter uma advertência escrita ou falada sobre os malefícios do fumo, através das seguintes frases, usadas sequencialmente, de forma simultânea ou rotativa, precedidas da afirmação “O Ministério da Saúde Adverte”:

• fumar pode causar doenças do coração e derrame cerebral;
• fumar durante a gravidez pode prejudicar o bebê;
• evite fumar na presença de crianças;

Conheça os tipos de tabaco:

Virginia: De cor entre amarelo-dourado e laranja intenso. O tabaco é cultivado em estufas aquecidas, esse processo demora uma semana. O aroma e o sabor do tabaco Virginia são leves e vivos. Os principais países que cultivam o tabaco Virginia são Argentina, Brasil, China, Índia, Tanzânia e os E.U.A.

Burley: Sua cor é castanho claro ao castanho escuro. Este tabaco é cultivado em contato com o ar em celeiros. Neste caso a espera para colheita é de até dois meses, o tabaco perde a maior parte dos seus açúcares naturais e desenvolve um sabor forte, quase como um charuto. Os principais países que cultivam o tabaco Burley são Argentina, Brasil, Itália, Índia, Malawi e os E.U.A.

– Oriental: Diferente dos outros, esse tabaco possuiu uma característica marcante, seu aroma. Suas folhas são pequenas e colhidas uma a uma, de modo semelhante ao tabaco Virginia, e são cultivadas ao ar livre. Os principais países que cultivam o tabaco Oriental são Bulgária, Grécia, Macedónia e Turquia.

Misturas de tabaco:

Os tipos de cigarros caracterizam-se pelas suas misturas de tabaco. Duas das misturas mais comuns em cigarros são Americana e Virginia.

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