Educação humanitária progride na medicina veterinária

ELIANA MACIEL DE GÓES

MÉDICA VETERINÁRIA

CRMV 5.534

A aplicação de manequins para aulas práticas nos cursos de medicina é uma realidade atual. Na medicina veterinária brasileira, a adoção de tal medida ainda é insipiente, mas vem evoluindo. Para equiparar-se aos avanços presentes na medicina, falta, principalmente, que se exija dos serviços de educação a obrigatoriedade do fornecimento de material didático digno de ser enquadrado no contexto da educação humanitária.

Não se enquadra na prática de educação humanitária o jargão “matar para salvar”

Entre as vantagens da aplicação dos manequins no ensino estão: a repetição do procedimento por quantas vezes seja necessário; o treinamento de grande número de estudantes; a ausência de estresse nos estudantes por não estarem manipulando animal vivo; a economia decorrente de não ser necessário manter animais vivos para aulas e funcionários que cuidem deles.

A maioria dos manequins existentes são fabricados no exterior. Entretanto, alguns especialistas brasileiros vêm desenvolvendo protótipos que estão sendo aprimorados e elogiados tanto no Brasil quanto no exterior. Não se enquadra na prática de educação humanitária o jargão “matar para salvar”. O que se aplica é treinar quantas vezes forem necessárias para poder salvar. Isto é válido tanto na graduação quanto para profissionais, pois quem não treina massagem cardíaca com periodicidade, dificilmente terá sucesso em uma ressuscitação cardiorrespiratória.

O centro de treinamento e simulação da Universidade Anhembi-Morumbi, por exemplo, é composto por 23 ambientes e mais de 70 equipamentos de realidade virtual, entre robôs com softwares, manequins e peças de corpo humano que simulam reações do corpo humano ou a realização de procedimentos, enquanto que o treinamento com os ossos artificiais no curso de especialização em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais, módulo de ortopedia, promovido pelo Instituto Qualittas, está com excelente aceitação.

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