E a Saúde, como vai?

Não bastasse o caos da Saúde Municipal já instalado, uma série de outras denúncias e reclamações surge aqui e ali dando conta que a situação, de fato, pode ficar ainda pior. Primeiramente, vários pacientes entraram em contato com nossa redação reclamando do atendimento prestado no Hospital São Lucas, o único público de Ribeirão Pires. Há quem reclame da demora (mesmo com os novos médicos recém-contratados) e também da estrutura já que, segundo os próprios, há equipamentos básicos, como as camas, carecendo manutenção.
Para completar, na semana passada, um enfermeiro que trabalhava no local foi preso acusado de pedofilia e teria inclusive feito uso das instalações do próprio São Lucas para cometer seus delitos, ou seja, abusar sexualmente dos menores. Isso para não falar da troca de acusações sobre quem seria culpado pelo suposto desvio de verbas do setor que hoje representa sozinho um orçamento igual ao que a cidade como um todo há 15 anos via Organizações Sociais de Saúde.
Em que se pese ser um dos setores mais delicados de qualquer gestão, preocupa que, em tão pouco tempo, a situação tenha chegado a um ponto tão crítico que não seria exagero definir como o “fundo do poço” – ou talvez não, já que quando se chega a este ponto, a situação não pode mais ser piorada. Há vários questionamentos sobre esses fatos, o mais grave de que faltou planejamento prévio – as mudanças recentes, feitas pelo “interventor” Allan Frazatti, não teriam considerado a possibilidade de uma debandada de médicos então contratados pela antiga mantenedora do serviço. É hora de refletir, sem esquecer de agir.
Seja como for, já passou da hora de se encontrar uma solução definitiva e, principalmente, colocar tudo às claras para a população que anseia por saber quando poderá contar com um atendimento a contento e quando as notícias sobre a Saúde enfim serão positivas. Do jeito em que está, definitivamente, não dá para ficar.

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