Dívida da Prefeitura ultrapassa R$ 37 milhões e ainda crescerá mais

Desde o último dia 02 de janeiro, a Secretaria de Finanças de Ribeirão Pires, agora sob comando do empresário Antonio Carlos de Lima, tem se empenhado em vasculhar os diversos contratos, ordens de serviços e demais despesas da Prefeitura com o intuito de saber o quanto a gestão anterior deixou em aberto. O alto índice de inadimplência contabilizado até agora mostra um cenário desfavorável ao crescimento ideal da cidade.

Antonio Carlos, Secretário de Finanças, continua fazendo levantamento das ‘contas a pagar’

Até o momento, a dívida herdada da gestão anterior pela Prefeitura é superior a R$ 37 milhões, no entanto, esse valor não é definitivo.

Para o secretário de Finanças, essa soma irá atrapalhar o planejamento e a execução de várias ações ao longo do ano. Investimentos que não sejam considerados de primeira necessidade serão deixados em segundo plano. “Ainda não é possível determinar com precisão o impacto que a dívida terá no orçamento do Município para 2013, uma vez que os números previstos não deverão ser alcançados. O orçamento de 2012, por exemplo, teve déficit de aproximadamente 20%”, avaliou o secretário.

Segundo informações obtidas com exclusividade pelo Mais Notícias, a lista de ‘pendências financeiras’ é longa e afeta vários setores e serviços. O valor engloba: salários de servidores, encargos trabalhistas, energia elétrica (Eletropaulo), telefonia, INSS, PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), pagamento de fornecedores, refinanciamentos, acordo de precatórios, IMPRERP (Instituto Municipal de Previdência de Ribeirão Pires), entre outros.

Quanto ao assunto, o atual prefeito, Saulo Benevides (PMDB), foi sucinto: “Estamos descobrindo muitas coisas, uma vez que todos os contratos da Administração anterior estão sendo revistos. Nossa tarefa agora será controlar os gastos e cuidar para que toda a arrecadação seja usada sem desperdício. Temos condições de ir quitando a dívida aos poucos, mesmo que alguns investimentos precisem ser adiados”.

Em nota, a Prefeitura informou que “em relação ao não pagamento do salário de funcionários pela Administração anterior, o valor é de R$ 4,6 milhões. No entanto, a Prefeitura já saldou os salários”.

Os levantamentos continuam sendo feitos para que a atual gestão conheça o real valor herdado em dívidas. Atualmente, por conta do imbróglio financeiro, algumas obras estão paralisadas. São elas: pavimentação de vias do Jardim Aprazível – trecho das ruas Komoto
Tadashi, Coroados, Javari (aguardando liberação de 2ª parcela de repasse de convênio com o Governo do Estado); pavimentação de vias na Quarta Divisão – ruas Joanésia, Juramento e Palmital (aguardando última parcela de repasse de convênio com o Governo Federal); 2ª Fase do Hotel Escola (aguardando laudo técnico da Defesa Civil Municipal para liberação da
última parcela de repasse do Governo Estadual).

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