Diga não aos espertalhões

Elo mais próximo entre a população e o poder público, os vereadores são uma peça fundamental para o bom funcionamento de qualquer cidade. Entretanto, a população em geral não tem feito bom uso deste recurso.

Via de regra, temos visto que eles são acionados para questões particulares e estas vão desde – pasmem – pedidos de xerox, digitação e impressão de currículos até pedidos de inclusão em creche burlando a famosa “fila”, ou lista de espera para atendimento.

Isso sem falar em pedidos para remoção de materiais, corte de mato, transporte de doentes, remédios e outros. Alguns fazem de bom grado, outros, em uma mistura de assistencialismo com garimpagem de curral eleitoral, não se furtam e acabam tomando nota do título de eleitor para garantir valiosos votos futuros e ainda há quem ache que o vereador que se nega a fazê-lo não terá futuro na “carreira”. Ah, sim, e tudo isso pago com verbas públicas.

Os eleitores, verdade seja dita, também não saem ilesos. Eles têm culpa – e muita – no cartório, já que nada disso aconteceria se eles não o pedissem na “cara de pau” e ainda colocassem abaixo de zero os que não o fazem. Da mesma forma, acontece com os mensalões, mensalinhos e congêneres que, embora filhos pródigos do pluripartidarismo brasileiro, só existem porque há quem esteja disposto a pagar e a receber.

Isso posto, a um ano e quatro meses para as eleições municipais, não é cedo para cobrar de você leitor, que também vota e elege, uma atitude enérgica contra os maus elementos. É preciso formar uma geração de bons eleitores, que saibam escolher bem e fazer com que as cidades, estados e o país tenham um futuro melhor.

Um bom começo é dizer não ao assistencialismo, aos que oferecem as “mamas” do Estado para benefício próprio, sem pensar na comunidade. Vale lembrar que, para ser um bom político, é preciso, antes, ser um bom eleitor. Diga não aos espertalhões. Eles não dão a mínima para você.

Compartilhe

Comente

Leia também