Devolvam a cidade para os ribeirãopirenses!

Na última semana, destacamos em nossa capa a demolição da arquibancada que ficava na Praça Central, ao lado da Vila do Doce, fato que teve como “quase consenso” o fato de que, apesar de drástica, é uma medida capaz de melhorar a segurança do local que vinha sendo “habitado” por figuras consideradas indesejáveis, como desocupados e usuários de entorpecentes, incomodando a moradores da região e transeuntes.

Na esteira do ocorrido, também apareceram reclamações sobre outro ponto do Centro, mais especificamente do Centro Novo, que apresenta problemas similares: o antigo Estacionamento 45°, arrendado em 2010 para um terceiro que transformou a área outrora pública em privada mantendo em seu interior toda a estrutura construída com dinheiro público, como, por exemplo, os postes de iluminação da AES Eletropaulo.

Alvo até mesmo de discussão na Câmara Municipal na sessão da última terça, a construção dos apelidados “muros da vergonha” fez com que surgissem duas vielas que, além de virar uma espécie de “parque de diversões” de pichadores, ainda se tornaram pontos inseguros. Moradores da região reportam fatos chocantes como uso de entorpecentes e álcool por jovens em plena via pública (ou quase isso), sem contar os transtornos para moradores dos prédios que têm a saída das suas garagens justamente para o espaço em questão.

É fato que o dinheiro gerado pela venda do local causou mais transtornos do que benesses para a cidade e também que o 45° era infinitamente mais útil para a cidade como rua e Zona Azul. Inspirados pela ação enérgica tomada na semana passada, sugerimos algo similar: que o espaço seja desapropriado, já que está prejudicando toda a sociedade, os “muros da vergonha” sejam demolidos e a rua volte definitivamente para as mãos de quem é de direito: o povo de Ribeirão Pires.

Vale lembrar que o atual prefeito, Saulo Benevides, foi, à época, uma das vozes contrárias à negociação, alvo até mesmo de um inquérito (já arquivado) por parte do Ministério Público, que rendeu cerca de R$ 1,5 milhão aos cofres públicos – dinheiro que, pelo visto, não compensa os inúmeros transtornos causados. Existem coisas que não tem preço. Duas delas são tranquilidade e qualidade de vida.

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