Deveria ser um hábito

Na sessão da última terça-feira da Câmara de Ribeirão Pires, o projeto Plano de Arborização Urbana, de autoria do Executivo, que prevê multa aos munícipes que não plantarem árvores em frente às suas casas ou dentro de novos empreendimentos, voltou à pauta de votação, após ser adiado por duas sessões. A proposta, que teve pedido de adiamento para mais uma sessão, é polêmica, afinal, o plantio está sendo imposto, e pior, mexe com o bolso de que não fizer o que está sendo mandado.

Bom mesmo seria se o ato simples de plantar uma árvore não precisasse ser medida obrigatória, mas sim que todos tivessem consciência que essa singela atitude traz muito mais do que beleza a uma cidade: traz qualidade de vida, já que contribui para a redução de gás carbônico através da fotossíntese, purifica o ar, traz equilíbrio térmico etc., etc.

Muita gente colabora com o meio ambiente à sua maneira: faz coleta seletiva, não joga lixo na rua, usa sacola retornável, mas infelizmente existem pessoas que não ajudam, mas atrapalham – e muito. Na semana passada, o secretário regional de Ouro Fino, Hércules Giarola e o vereador Antonio Muraki acompanham apuração da ocorrência feita pela Guarda Civil Ambiental em parceria com o Instituto de Criminalística da Policia Civil do Estado de São Paulo, para identificar os responsáveis pelo descarte de lixo plástico e químico na Estrada Yoshitika Takahashi, no Jardim Santista. Como o que é ruim pode ser ainda pior, o descarte foi feito próximo a uma nascente. A ignorância é tanta, que quem comete atos como esse não percebe que não está destruindo só o meio ambiente, está também destruindo a si mesmo, já que ele faz parte desse meio. O autor dessa irresponsabilidade deve pagar sim uma multa altíssima pelo dano que cometeu.

Ter atitudes favoráveis ao ambiente que nos cerca não deveria ser obrigação imposta por lei. Deveria ser um hábito.

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