Críticas à Saúde marcam retorno do recesso parlamentar

As atividades parlamentares voltaram nesta semana e os vereadores marcaram o fim das férias com diversas críticas à Saúde municipal. Durante a sessão da Câmara, os vereadores apontaram problemas encontrados durante série de visitas em diferentes postos de saúde, na UPA e no Hospital São Lucas.

Vereadores e uma munícipe pontuaram problemas

Anselmo Martins (PR) iniciou as discussões questionando um boato de que a Prefeitura pretende liberar uma sala na UPA Santa Luzia para reuniões evangélicas, em seguida, o republicano questionou a capacidade do São Lucas de suportar uma UTI. “Se tiver um parto que exija internação a pessoa fica vulnerável e precisa ser transferida para Mauá”, destacou. Anselmo também pontuou que no prédio recém inaugurado pouca coisa funciona: “O tomógrafo também não funciona e não tem exames de ultrassom”.

A situação foi se agravando quando outros parlamentares confirmavam as denúncias. Amigão D’Orto (PTC) disse que em uma de suas visitas o equipamento de ultrassonografia estava “largado na sala, jogado no chão”. D’Orto também afirmou que “o tomógrafo não vai funcionar porque o São Lucas não tem uma cabine primária (rede de energia especial para equipamentos de média tensão)”. Em seguida, apontou: “Os munícipes estão sendo enganados”.

O presidente da Câmara, Rubão Fernandes (PSD), também cobrou melhorias para o setor e ressaltou suas críticas: “O prefeito inaugurou o São Lucas e deveria estar tudo funcionando, mas não está”.

Na defesa da Administração, o líder do governo, Silvino de Castro (PRB), garantiu que o tomógrafo vai funcionar dia 15 de agosto. “Um técnico da empresa vai fazer a instalação, eu garanto”.

O clima esquentou quando uma munícipe, Iula Marques, utilizou a tribuna para relatar uma série de irregularidades testemunhadas por ela durante um período em que a cidadã peregrinou entre repartições públicas visando entender a dificuldade da Prefeitura em resolver os problemas. “As justificativas para a precariedade na Saúde são sempre as mesmas”. Iula denunciou o que chamou de “cabide de vaga para exames”, dizendo que a população chega a esperar quatro meses para fazer coleta de sangue. A munícipe também revelou que a Ouvidoria da Saúde derruba as ligações quando o cidadão tenta registrar uma reclamação. “Se a pessoa não gosta de ouvir reclamação, que mude de emprego”, disse.

Todas as críticas à Saúde levou o vereador Amaury Dias (PV) a retomar as discussões sobre uma CPI. “Já se passou sete meses do governo e nada foi feito. Esta Casa está preocupada. Queremos que a Prefeitura mostre resultados. E se a CPI da Saúde não saiu, nada impede da gente criar outra”.

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