Eleições para presidência da República e mundial de futebol em um mesmo ano no Brasil. Voltamos ao icônico ano de 1950 em que o “pai dos pobres” Getúlio Vargas tentava se beneficiar do mundial sediado no país tupiniquim. Lula bebe muito desta fonte varguista, e não é leviano afirmar que o Brasil vive uma ditadura ideológica e caminha camina para uma ditadura de persona, ou seja, como Venezuela, Cuba e China.
Mas não vamos fazer deste editorial uma parafernália rasa de discussão política. Não vamos cometer o crime de explicar disputa política como uma partida de futebol. Acreditamos que nosso leitor não enxerga a vida uma partida futebolística. Pasmem, também, quando uns apontam o dedo para outros dizendo “esquerdistas!” ou “direitistas!”.
No Brasil de hoje existem extremistas. Quem não é da extrema, é reformista. E a massa política reformista não passa do jargão “farinha do mesmo saco”, onde a disputa eleitoreira é na verdade um jogo de poderes de ego, onde se acusa de um lado e se acusa do outro.
Vivemos em um país onde se você é contra a Copa é tucano, se você é a favor da Copa é petista. Partidos não são times de futebol em que você torce ou não. Seu time do coração não vai melhorar os hospitais perto da sua casa, não vai melhorar a educação básica para seu filho entrar em uma faculdade pública. Seu time do coração não fará a reforma política e tributária que o País, você e nós tanto precisamos. Então, política e futebol são duas coisas completamente diferentes.
A disputa política presidencial começou, assim como a Copa do Mundo de Futebol e esperamos que a população exija o máximo dos candidatos e que seja discuto políticas públicas, sociais e econômicas com a devida seriedade.
A política brasileira depende da Copa? Não depende, mas pode influenciar. O PT já teve 12 anos para fazer seu filho ter boa educação, teve 12 anos para fazer sua esposa não precisar esperar um ano para fazer um exame médico, o Partido dos Trabalhadores já teve 12 anos para fazer um Brasil melhor, mas não fez.
