As cartas, enfim, vão à mesa

A segunda-feira começou com a definição final de todos os postulantes à Prefeitura de Ribeirão Pires e seus respectivos vices. Com isso, teremos na disputa as duplas Maria Inês/Gerson Constantino, Dedé da Folha/Rosi de Marco e Saulo Benevides/Lair da APAE em busca da maioria dos votos dos ribeirãopirenses.

Os mais atentos notaram as formas distintas para a realização de tais escolhas, ilustrando como foi o início do tão esperado período eleitoral. Em ordem cronológica, a primeira chapa, encabeçada por Benevides de maneira interna, através de reuniões e posterior comunicação à imprensa e população, o que poderíamos até mesmo classificar, usando uma expressão norte-americana, de ‘no profile’, de tão discreta. Alguns disseram que a falta de uma festa propriamente dita (que chegou a ser agendada) se deu para evitar um desfalque no arco de aliados. Outros que seria uma maneira de guardar cartuchos para o momento da campanha – algo que só saberemos posteriormente.

A seguir, foram realizadas as convenções do último final semana. No sábado, foi a vez da chapa de Maria Inês fazer a sua, na Câmara Municipal de Ribeirão Pires, um evento que teve o necessário, sem maiores “pirotecnias” e que contou com bom público, fato que só referenda o comportamento da legenda em relação a esta eleição, que já vem de um ano, com articulações e elaboração, inclusive de plano de governo com participação popular – algo que só agora começa a ser discutido nas outras candidaturas.

No dia seguinte, foi a vez dos governistas fazerem sua convenção. Para isso, procuraram fazer um evento maior, no salão nobre do Ribeirão Pires FC, com a presença maciça de cabos eleitorais e de pré-candidatos. Um evento similar ao realizado no ano passado, com ares de comício, uma “festa” para tentar dar impulso a uma candidatura que, de acordo com a única pesquisa que analisou tal cenário até aqui, é a última nas intenções de voto.

Hoje, o eleitor brasileiro tem mais acesso a informação, seja via internet ou tradicional e, por isso, tem mais recursos para analisar o que julga melhor para sua cidade, estado e país, já que passados 28 anos do fim da ditadura, há uma (louvável) maturidade para um povo que não vê mais o processo eleitoral como uma “festa da democracia”, como o marketing do TSE ainda insiste em colocar, mas sim como um dever cívico necessário para o país.

Considerando não ser insanidade dizer que os eventos do último final de semana indicam também o estilo que cada postulante ao Paço Municipal deve adotar durante a campanha, tivemos três eventos, com três estilos diversos que devem, até mesmo, pautar o estilo de administração do próximo prefeito de Ribeirão Pires. Agora está nas mãos de você, eleitor, decidir qual é o melhor para cidade no próximo dia 7 de outubro.

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