Arte Mais – Um pouco de História da Arte… “Renascença”

Por Stephen Little

A Renascença com o seu sentido de “renascimento” abarca o período do desenvolvimento da arte e da cultura Ocidental que começa em 1300 e termina em 1600. Época de redescoberta, ambição e mudança, dominada por uma série de tendências e de contradições. Associada a Itália, a Renascença, nomeadamente a Florença, Veneza e Roma, mas o Norte da Europa também deu o seu contributo, particularmente no desenvolvimento do Naturalismo.

A Renascença testemunhou o “renascimento” do interesse pelo passado clássico, com os indivíduos, em vez das instituições acadêmicas, a tomarem a liderança. O estudo da Antiguidade Grega e Romana era fundamental para o Humanismo Renascentista. Esta é uma ampla tendência filosófica na qual é dada respostas às questões referentes às relações humanas (sociais, religiosas e políticas) através da razão e da reflexão com base na experiência, em lugar do recurso a autoridades espirituais.

Pietá (pintura de Pietro Perugino - 1500)

As representações fiéis da natureza também se tornaram mais importantes durante a Renascença. Os artistas estavam determinados a dominar os métodos sistemáticos da representação do mundo, sendo o exemplo mais óbvio a “perspectiva linear”.

À medida que os artistas da Renascença iam competindo uns com os outros em determinadas tentativas para suplantar a arte da antiguidade, os seus estatutos iam-se alterando, tendo ultrapassado o dos artífices e artesãos. Os talentos individuais dos artistas, as inovações e as ideias começaram a adquirir uma maior importância cultural. Portanto, não surpreende que a Renascença esteja associada ao gênio artístico. Mas por detrás de uma figura como a de Leonardo da Vinci encontramos as ambições políticas de sucessivos Papas (que ansiavam pela união da Itália contra a ameaça de conquista pelos franceses, e o restabelecimento de Roma como centro do poder) e importantes patronos.

Entretanto, as teorias clássicas sobre a natureza do estado alimentaram a recém descoberta confiança na expressão e consolidação do poder profano.

Continuaremos no próximo artigo com um pouco mais de História da Arte falando sobre Classicismo, através do livro de Stephen Little, graduado no Instituto de Courtauld, atualmente editor do website do Royal Academy.

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