APRAESPI reúne secretarias de Saúde do ABC em busca de recursos para a região

Um encontro de representantes das Secretarias de Saúde dos municípios da região do Grande ABC, realizado na sede da APRAESPI (Associação de Prevenção Aten­dimento Especializado e Inclusão da Pessoa com Deficiência de Ribeirão Pi­res), a convite da superintendente da entidade, Lair Moura Sala Malavila Jusevicius, teve por objetivo discutir sobre a necessidade de aumento do recurso liberado pelo Ministério da Saúde destinado à reabilitação de deficientes, sejam auditivos, neurossensoriais ou físicos.

Durante o encontro, apenas as secretarias de São Caetano e Diadema não enviaram representantes

Os representantes da secretaria são uma peça chave para a resolução do problema de falta de recurso e de filas de espera. Para que uma petição chegue ao Ministério, o Conselho Municipal de Saúde de Ribeirão Pires, por sediar o hospital referência em tal atendimento especializado, deve votar favorável a ampliação dos recursos e encaminhar o pedido para uma esfera estadual, que, por sua vez, seguirá os tramites burocráticos até que a petição chegue nas mãos de Alexandre Padilha, ministro da Saúde.

Há alguns anos, quando houve uma descentralização da Saúde nas esferas Federal, Estaduais e Municipais, a responsabilidade do município aumentou. Ribeirão Pires, detinha um repasse de R$ 7 milhões e o Ministério, baseado em relatórios, cortou quase R$ 2 milhões do investimento. Agora, a APRAESPI espera que os gestores municipais compreendam a necessidade de tal investimento no cuidado da reabilitação em todas as sete cidades do ABC.

Para se ter uma ideia, quase 1.500 pessoas hoje, em toda a região, esperam na fila por atendimento que varia desde aparelhos auditivos até próteses e órteses. Enquanto hoje, a verba aplicada na área é de R$ 5 milhões, um relatório da entidade mostra que seriam necessários quase R$ 12 milhões/ano para acabar com a fila de espera.

Leonice Moura, também da direção da APRAESPI, reforça a necessidade das secretarias se unirem para angariar o recurso junto ao Ministério. “Somos prestadores de serviço e lutamos pelas causas dos deficientes. O plano de trabalho tem que ser compactuado. Queremos chegar a um acordo e alinhar as informações”, apontou.

Após a reunião, os representantes se mostraram interessados em levar a discussão adiante, entendendo que o assunto deve ser uma prioridade. “O grupo entendeu e está unido para promover o melhor para a região”, reconheceu Lair.

O momento para buscar tal recurso é completamente oportuno. Em um recente discurso, a presidente Dilma Rousseff (PT) prometeu um investimento de R$ 7 bilhões para a reabilitação.

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