Alunos da ETEC desenvolvem sistema para auxiliar leitura por deficientes visuais

Um grupo de alunos do 3º ano do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio da ETEC Maria Cristina Medeiros, em Ribeirão Pires, desenvolveu um sistema revolucionário, batizado por eles de CodeMagoo. Com ele, é possível fazer a leitura em áudio de textos publicados em jornais, livros e revistas provendo assim aos deficientes visuais o direito a leitura.

Os alunos Thiago, Feliph, Lucas e Thiago, ao lado da professora Cintia Pinho

Os alunos Thiago, Feliph, Lucas e Thiago, ao lado da professora Cintia Pinho

Por meio de um QR Code (Código de barras tridimensional) e o sistema Google Talkback, que faz a conversão de textos em áudios, presente em todos os celulares que rodam Android, os textos podem ser lidos automaticamente, permitindo assim a acessibilidade.

Os alunos, que fizeram o trabalho de conclusão de curso sob supervisão da professora Cintia Pinho e têm 17 anos, tem como objetivo prover autonomia aos deficientes visuais: “esta iniciativa complementa as já existentes, como os livros em Braille, que são de difícil confecção”, explicou a professora.

“Uma impressão em braile convencional sai em torno de R$ 2 por folha. Com o QR Code nas páginas, o custo é o mesmo da impressão convencional”, completou o aluno Lucas Schnr.

O aluno Feliph Murillo explicou que o objetivo é “introduzir os deficientes visuais no ambiente escolar. Nos baseamos em outras iniciativas, mas, junto com a professora, decidimos fazer uso do celular”.

A ideia é que o sistema CodeMagoo também ajude na alfabetização de crianças e também para ajudar outros públicos, como idosos que têm dificuldades para ler as bulas dos remédios que, não raro, tem letras de tamanho diminuto, bem como cardápios em bares e restaurantes, além de materiais de estudo, jornais e revistas. “É um processo rápido, de fácil produção. Para converter 70 páginas no sistema, dura cerca de 3 horas”, completou Feliph.

“Sempre tentamos incentivar o social, o ambiental, procurando passar a eles a questão do profissional consciente. Claro que o objetivo de um empreendedor é ter lucro, mas sempre com responsabilidade”, concluiu a professora.

O projeto já tem ganho reconhecimento. Prova disso é que o projeto ficou entre os 15 melhores do estado no Desafio Inova, do Centro Paula Souza e também na ESEG, faculdade de

Santo André, além do 2º lugar na feira da Unicamp, motivo de orgulho para o grupo que, além de Feliph e Lucas, também conta com Thiago Schnr, Thiago de Luka e Giovani Raposeiro.

Os interessados em saber mais sobre o projeto ou em colaborar com o grupo podem acessar o site codemagoo.com

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