Alto preço do tomate vira piada em tom de crítica

Aumento no valor do tomate assusta consumidores.

O tomate é a bola da vez, seu alto valor virou motivo de piada na mídia e rede sociais. Mas esse bom humor dos brasileiros não esconde o susto a cada ida ao supermercado e a feira, os preços tiveram uma alta considerável.

Segundo dados divulgados no começo desta semana, constantes do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o valor chegou a subir 15,9% em uma semana, conforme dados calculados até o dia 7 de abril.

Como justificativa, os produtores afirmam que as chuvas afetaram as lavouras. Com a baixa na produção, os tomates passaram a ser supervalorizados no mercado. Nas feiras de São Paulo, o preço do quilo tem variado de R$5 aR$ 10.

A saída de muitos é buscar de forma inteligente substituir o tomate, ou tentar diminuir o consumo do alimento. A redação do jornal Mais Notícias entrou em contato com o restaurante Canoa Quebrada para saber quais medidas foram tomadas. “O primeiro passo foi enxugar alguns gastos e depois modificamos a apresentação das saladas para aqueles que fazem o pedido à la carte, substituímos o tomate por pepino, beterraba ralada, cenoura e agrião. O mesmo não pode ser feito para aqueles que consomem no kg, em que mantivemos as opções de salada. Todas as medidas tomadas não mudaram a nossa tradição, por exemplo, molho ao sugo e a pizza são os alimentos que utilizamos cem por cento de tomates”, explica Willian Ferreira sócio proprietário.

Além da reclamação a respeito do valor, outro ponto é a baixa qualidade. “O valor assusta, mas não é só isso o produto é caro, e ‘meia boca’. Da mercadoria comprada se aproveita pouco, muitos vêm estragados. A esperança é que essa situação dure pouco tempo”, comenta o sócio proprietário.

Para alívio dos consumidores e empresários do ramo alimentício, o tomate já está apresentando tendência de queda. No CEAGESP, maior distribuidor de frutas, verduras e legumes da América do Sul, ele já está sendo vendido a um preço cerca de 25% menor do que há uma semana. De acordo com os produtores, em20 a30 dias o preço deve voltar a um patamar considerado normal.

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