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Acorda, Ribeirão

Gente espirituosa é assim: perde o amigo, mas não perde a piada. O vereador Vicentinho (PR), sempre bem humorado, não deixou por menos: ao justificar seu voto favorável à construção da torre que abrigará o “relógio suíço”, mais uma marca indelével do governo Volpi, tascou: “Agora o ribeirão-pirense não perde a hora”. Alguém não gostou e botou no jornalzinho, mas duvido que o prefeito se incomodou.

Peneira mais fina

Quando Volpi anunciou que iria indicar seu sucessor com apoio do grupo, deixou entrever seis a oito possíveis nomes com possibilidades. Com o passar dos meses, o número caiu para quatro, depois três, e hoje se tem quase unanimidade em torno de um nome, o qual preferimos não citar. Outros já preteridos por problemas no Tribunal de Contas ou por não ter ido muito bem nas pesquisas internas ainda relutam em jogar a toalha, mas falta pouco.

Amigos e vizinhos

Volta e meia se lê ou se ouve falar na propalada rivalidade entre os vereadores José Nelson (PPS) e Vicentinho (PR), ambos moradores da Quarta Divisão, onde dividem os votos da população local. Ao contrário dos comentários, os dois são muito amigos e cada qual respeita o espaço do outro, além do que, muitas melhorias conseguidas para o bairro são frutos da atuação de bastidores dos dois dedicados políticos.

Plano em risco

Um projeto em tramitação no Senado coloca em risco a pretensão do prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), de deixar o mandato antes da hora para concorrer ao Paço de Mauá em 2012. No último dia 08, foi aprovado em decisão terminativa (aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, projeto que impede prefeitos e vice-prefeitos de transferir seu domicílio eleitoral enquanto estiverem no exercício do mandato.

Justificação do projeto

Na justificação do projeto de lei, seus autores explicam que a mudança de domicílio eleitoral tem sido utilizada por prefeitos que cumprem seu segundo mandato e querem tentar um terceiro mandato consecutivo, em outro município.

O relator, senador José Pimentel (PT-CE), ressalta que a Constituição limita a reeleição de chefes do Executivo para um único período subsequente.

Mas alguns prefeitos buscam mais mandatos consecutivos transferindo seu domicílio eleitoral um ano antes das eleições.

Expectativa no STF

Esse é o caso do prefeito Clóvis Volpi. Em abril, o Chefe do Executivo de Ribeirão Pires enviou documentação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para consultar a possibilidade de deixar o segundo mandato na cidade antes do previsto para candidatar-se no município vizinho, e está na expectativa do resultado.

Se o parecer do STF for desfavorável, a única saída para Volpi concorrer em Mauá é a renúncia.

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